sábado, 30 de junho de 2007

Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga

Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga

INTRODUÇÃO

O que seria do teatro e da filosofia sem a contribuição da civilização grega?

A Grécia Antiga deixou para toda humanidade, principalmente para o mundo ocidental, um dos mais expressivos legados culturais da história, com destaque para filosofia e dramaturgia, pois essas manifestações não eram conhecidas entre as civilizações que antecederam os gregos na história.
A história das civilizações inicia-se por volta do quarto milênio a C. no Oriente Médio com as sociedades hidráulicas nos vales do Tigre e Eufrates, estendendo-se pelo Oriente Próximo, Egito, Índia e China. Culturalmente esses povos conheciam a pintura, escultura, literatura, música e arquitetura, mas não conheciam o teatro nem a filosofia. Essas manifestações nascem apenas com os gregos.
Outro aspecto que se desenvolve somente com os gregos é o esporte. Até então, os exercícios executados pelo homem eram involuntários, em busca da caça para sobrevivência.
O lema do atletismo "mais rápido, mais alto e mais forte" ("citius, altius e fortius"), representado pela trilogia correr, pular e arremessar, foi criado pelo padre Dére Didon em 1896, mas surgiu bem anteriormente, por volta de 776 a C. entre os jovens e soldados gregos, para desenvolver as habilidades físicas e criar competições. Os gregos iniciaram o culto ao corpo e em homenagem ao deus supremo inauguraram os Jogos Olímpicos. Para os gregos cada idade tinha a sua própria beleza e a juventude tinha a posse de um corpo capaz de resistir a todas as formas de competição, seja na pista de corridas ou na força física. A estética, o físico e o intelecto faziam parte de sua busca para perfeição, sendo que um belo corpo era tão importante quanto uma mente brilhante.



Apesar de falarem a mesma língua e de terem unidade cultural, os gregos antigos não tinham unidade política, encontrando-se divididos em 160 cidades-estado, ou seja, cidades com governos soberanos, que a cada quatro anos se reuniam num festival religioso na cidade de Olímpia, deixando de lado suas divergências.

ORIGEM DOS JOGOS

Os antigos gregos não tinham fim de semana de lazer, eles trabalhavam todos os dias, exceto nos mais de 50 feriados religiosos e eventos esportivos, onde destacavam-se os Jogos Olímpicos ou Olimpíadas. Originalmente conhecidas como Festival Olímpico, faziam parte dos quatro grandes festivais religiosos pan-helênicos celebrados na Grécia Antiga e eram assistidos por visitantes vindos de todas cidades-estado que formavam o mundo grego. Os demais festivais eram o Pítico, O Ístmico e o Nemeu.
Sediado na cidade de Olímpia, em homenagem a Zeus (deus supremo da mitologia grega), o festival Olímpico era muito antigo, mas foi a partir de 776 a C. (data da fundação dos jogos) passou a ser feito um registro ininterrupto dos vencedores. Sabe-se que no dia marcado para o evento, uma forte chuva desabou sobre Olímpia, limitando as competições a uma corrida pelo estádio. Registrou-se assim, a primeira notícia de um campeão olímpico. Tratava-se do cozinheiro Coroebus de Elis, vencedor da corrida de 192,27 metros. Alguns historiadores contudo, acreditam que as primeiras olimpíadas tenham sido bem anteriores ao feito do cozinheiro-atleta.



Apesar de inicialmente possuírem um caráter apenas local, já no final do século VIII a C. os jogos passaram a contar com participantes de todas as partes da região grega do Peloponeso. Eram realizados a cada quatro anos na cidade de Olímpia, durante o verão, época em que se iniciava a contagem da "Olimpíada", o período cronológico de quatro anos utilizado para datar eventos históricos.

AS MODALIDADES

Os primeiros jogos limitavam-se a uma única corrida com cerca de 192 metros. Em 724 a C. introduziu-se uma nova modalidade semelhante aos atuais 400 metros rasos. Em 708 a C., acrescentou-se o pentatlo (competição formada por cinco modalidades atléticas incluindo luta livre, salto de distância, corrida, lançamento de disco e lançamento de dardo) e posteriormente o pancrácio (luta similar ao boxe). Os atletas do salto à distância carregavam pesos que os impulsionava para frente e que eram largados antes da aterrizagem. Dessa maneira eles acresciam mais de 30 cm em cada salto.
Em 680 a C. foi incluída a corrida de carros. Com formato arredondado na frente e abertos atrás, os veículos corriam sobre rodas baixas, sendo puxados por dois ou quatro cavalos alinhados horizontalmente. Outras competições com animais foram incluídas, como uma corrida de cavalos montados e outra de charretes puxadas a mulas. Em 600 a C., foi erguido o templo de Hera (esposa de Zeus), onde passaram a ser depositadas coroas de louros para os campeões. O estádio ganhou tribunas de honra e a cidade um reservatório de água. Existiam também hotéis para as pessoas importantes, sendo que o mais conhecido da época foi construído ao redor de uma elegante fonte, onde no final se formava uma espécie de nações unidas entre as cidades-estado gregas.
Até 472 a C. as provas eram realizadas num único dia, sendo que apenas os cidadãos livres poderiam competir, além da participação feminina ser proibida.



Originalmente os atletas competiam nus e as mulheres eram excluídas dos jogos. Certa ocasião, uma mulher decidida a ver seu filho competir, disfarçou-se de treinador. No término da competição com a vitória do filho, a mulher pulou a cerca entusiasmada e tudo foi descoberto. A partir desse dia até aos treinadores foi exigida a nudez.
Os atletas que infringiam as regras estabelecidas, eram multados rigorosamente, sendo que da receita das multas eram erigidas estátuas de bronze a Zeus. Os vencedores recebiam uma palma ou coroa de oliveira, além de outras recompensas de sua cidade, para a qual a vitória representava grande glória. De volta à terra natal eram triunfalmente acolhidos, podendo inclusive, receber alimentação gratuita pelo resto de suas vidas. A homenagem podia consistir até na ereção de uma estátua do vencedor, além de poemas que poderiam ser escritos por Píndaro, poeta lírico que produziu diversas obras, destacando-se hinos em louvor às vitórias de atletas gregos.
É interessante observar que já naquela época existiam torcidas com lugares definidos nos estádios. Há alguns anos, uma expedição de arqueólogos europeus e norte-americanos encontrou em Neméia, evidências de grandes concentrações de moedas de Argos bem atrás do lugar onde ficavam os juízes. Como os jogos de Neméia eram controlados por Argos, a torcida escolhia esse local do estádio, para forçar que as decisões dos juízes fossem favoráveis a Argos.
O caráter festivo dos jogos foi alterado a partir da segunda metade do século V a C., quando a rivalidade entre as cidades, principalmente entre Esparta e Atenas, resultou numa guerra civil conhecida na história como Guerra do Peloponeso. Originalmente sem unidade, o mundo grego estava mais do que nunca esfacelado e enfraquecido, abrindo caminho para o domínio macedônio e dois séculos após para o imperialismo romano.
Durante o Império Romano, as modalidades de combate foram mais valorizadas e apesar da sobrevida, os Jogos Olímpicos acabaram juntamente com a antiga cultura grega, tendo sido banidos em 393 pelo imperador cristão Teodósio, possivelmente por suas práticas pagãs.

UMA OCASIÃO RELIGIOSA

Caso as cidades gregas estivessem envolvidas em guerras durante a realização dos jogos, proclamava-se uma trégua sagrada (ekekheiria), que concedia uma espécie de salvo-conduto aos viajantes a caminho de Olímpia. Na verdade, esses viajantes não iam à Olímpia apenas para os jogos. Iam para o festival religioso, para conversar com outras pessoas vindas de Argos, Esparta, Atenas, Tebas ou outras cidades. Nessa ocasião, poetas e oradores aproveitavam-se do grande afluxo de pessoas para tornarem-se mais conhecidos através da declamação de suas obras. Outros ainda aproveitavam o momento, para diversificar seus negócios, realizados numa grande feira. Pode-se fazer uma idéia aproximada do número de pessoas presentes no festival, considerando o fato de o estádio de Olímpia comportar 40 mil pessoas sentadas.
Na entrada de Olímpia estava o ginásio, onde os atletas podiam treinar. Mente e corpo estavam juntos no ginásio, que era o lugar para conversação e para o aprendizado, tanto como para o exercício e a luta romana.
Apesar do espírito de competição, não podemos nos esquecer que o Festival Olímpico era antes de tudo uma ocasião religiosa, onde o centro de tudo era o grande templo de Zeus. Mais de cem bois eram sacrificados no altar em frente ao templo e seu interior era dominado por uma estátua do deus coberta de ouro. Em frente a ela cada atleta tinha que fazer um sacrifício e orar antes do começo. Existia um comitê organizador que decidia se a moral do atleta lhe dava o direito de competir.

NA ERA MODERNA: "O IMPORTANTE É COMPETIR".

Após o banimento no final do século IV, os jogos foram reeditados em 1896 na cidade de Atenas, por iniciativa do educador francês Pierre de Frédy, o barão de Coubertin (1863-1937). Fascinado pelo comportamento dos gregos no passado, Coubertain convocou em 1894, uma reunião com delegados de 9 países, expondo seu plano de reviver os torneios que tinham sido interrompidos há 15 séculos.


As delegações desfilando em Atenas na primeira olimpíada da era moderna


Nessa primeira Olimpíada da era moderna o atletismo destacou-se como principal esporte, sendo realizadas 12 provas, entre corridas, saltos e arremessos. Nessa época começam a surgir os ídolos, como o grego Spyridon Louis. Considerado o primeiro ídolo de uma Olimpíada, Louis venceu a maratona acompanhado de seu cachorro Zeus, e a ele dedicou sua vitória após ser ovacionado e receber inclusive, uma inusitada proposta de casamento.


Barão de Coubertin


Os jogos modernos destacaram-se também pela participação feminina, sendo que a atleta canadense de salto em altura Ethel Catherwood, que em Amsterdã-1928 atingiu o recorde de 1m59, é considerada a primeira musa de uma Olimpíada. Em Munique-1972, foi a vez da ginasta russa Olga Korbut que com três ouros foi consagrada como "musa de Munique", recebendo privilégios e sendo assediada pelo público. Na olimpíada seguinte, em Montreal a ginasta romena Nádia Comaneci, com apenas 14 anos encantou o mundo, recebendo a primeira nota dez de ginástica na história das Olimpíadas, conquistando sozinha para seu país um total de cinco medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e uma de bronze.



O ideal olímpico representado pela velha máxima "O importante não é vencer, é participar", foi defendido pela primeira vez em 1908 pelo bispo da Pensilvânia, durante um sermão aos atletas que disputariam as Olimpíadas de Londres. A frase utilizada posteriormente pelo barão de Coubertain, a quem erroneamente é atribuída, não condiz com a realidade olímpica dos tempos modernos, onde o esporte é visto como "guerra" e cada vez mais são encontradas evidências de doping, como o caso do atleta canadense Bem Johnson que em Seul-1988 teve seu ouro e recorde nos 100 m. cassados pelo Comitê Olímpico Internacional.



Atualmente os jogos contam com mais de 6 mil competidores de cerca de 100 países que disputam mais de 20 modalidades. A tocha olímpica ainda brilha, talvez não com a mesma chama clara e intensa que inspirava seus primórdios há 2 mil e quinhentos anos atrás. Porém, ela ainda pode impulsionar o objetivo de que a cada quatro anos as nações do mundo deveriam esquecer suas diferenças para se unirem em amizade e competição, como as cidades-estado da antiga Grécia.

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=210

terça-feira, 26 de junho de 2007

Hino Homérico XXVI- A Dionisio


Hino Homérico XXVI - A Dionísio

 

Começo a cantar ao Dionísio coroado de hera, o deus do alto grito, esplêndido filho de Zeus e da gloriosa Semele. As ninfas de longos cabelos o receberam em seus âmagos do senhor seu pai e o criaram e o nutriram cuidadosamente no pequeno vale isolado de Nysa, onde pelo desejo de seu pai ele cresceu em uma caverna de doce aroma, sendo considerado e estimado entre os imortais. Mas quando as deusas os trouxeram para cima, um deus freqüentemente homenageado, então ele começou a perambular continuamente entre as os vales cobertos de árvores, densamente coroado de hera e louro. E as Ninfas seguiram atrás dele com ele como o líder delas, e a ilimitada floresta foi preenchida com os gritos deles. E então te saúdo, Dionísio, deus das abundantes aglomerações! Conceda que possamos vir novamente nos regozijar com esta estação, e com todas as estações adiante por mais um ano.

O Amanhecer

Rating:★★★★★
Category:Music
Genre: Classical
Artist:Grieg

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A lenda índigena do uirapuru

Rating:★★★★★
Category:Other


Os Mitos das Florestas

Os mitos e lendas brasileiras andam pelos lares de nosso povo assustando e fazendo a imaginação voar. Às vezes, estão em vários lugares diferentes ao mesmo tempo. Os nomes podem variar e algumas características também, mas suas histórias e aparições não morrem. A cultura indígena do Brasil tem todo um repertório de lendas mais ligados às coisas da natureza, envolvendo animais, estrelas, rios e plantas e. algumas dessas lendas misturaram-se às crendices dos brancos católicos,



UIRAPURU - "Um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique. Como não poderia se aproximar dela, pediu à Tupã que o transformasse em um pássaro. Tupã transformou - o em um pássaro vermelho telha, que à noite cantava para sua amada. Porém foi o cacique que notou seu canto. Ficou tão fascinado que perseguiu o pássaro para prendê-lo. O Uirapuru vôou para a floresta e o cacique se perdeu. À noite, o Uirapuru voltou e cantou para sua amada. Canta sempre, esperando que um dia ela descubra o seu canto e o seu encanto. É por isso que o Uirapuru é considerado um amuleto destinado a proporcionar felicidade nos negócios e no amor."

terça-feira, 19 de junho de 2007

Yule Poetry

Rating:★★★★★
Category:Other
HARK THE NEO-PAGANS SING
-"Sunblade"
(Tune: "Hark the Herald Angels Sing")


Hark the neo-Pagans sing,
Glory to the Holly King!
Peace on Earth and mercy mild,
God and Goddess reconciled,
Hear us now as we proclaim:
We have risen from the flames!
Our ancient Craft now we reclaim,
In the God and Goddess' names
Hark the neo-Pagans sing,
Glory to the Holly King!

Herne by highest love adored,
Herne the ever-reborn Lord,
At all times behold Him come,
Offspring of the Holy One,
Veiled in flesh, the Godhead see,
Hail Incarnate Deity!
Our ancient Craft now we reclaim,
in the God and Goddess' names
Hark the neo-Pagans sing,
Glory to the Holly King!

GLORY TO THE NEW BORN KING
-Ellen Reed (1st verse)


Brothers, sisters, come to sing
Glory to the new-born King!
Gardens peaceful, forests wild
Celebrate the Winter Child!
Now the time of glowing starts!
Joyful hands and joyful hearts!
Cheer the Yule log as it burns!
For once again the Sun returns!
Brothers, sisters, come and sing!
Glory to the new-born King!

Brothers, sisters, singing come
Glory to the newborn Sun
Through the wind and dark of night
Celebrate the coming light.
Suns glad rays through fear's cold burns
Life through death the Wheel now turns
Gather round the Yule log and tree
Celebrate Life's mystery
Brothers, sisters, singing come
Glory to the new-born Sun.




quarta-feira, 6 de junho de 2007

A ancestralidade


A Ancestralidade

Com o meu feitiço, eu invoco o ancestral
O Espírito que pertence ao mundo elemental

Ouça a voz do filho da antiguidade
Falo com amor, com paixão, sagacidade

Meu povo é antigo e sagrado
E assim meu sangue foi fortificado

A cultura e a sabedoria correm em mim
Sou o início, sou o meio, sou a linhagem sem fim

Meu espírito encarna as mil vidas
Como o filho do milharal e das espigas colhidas

Sussurro o chamado ao meu velho povo
Sou a anciã geração que vive de novo

Sou o camponês que viu a sua aldeia fenecer
Sou o pagão que faz a sua tribo renascer

A antiga peça que completa a história
A cultura de um povo, suas práticas, suas memórias

Grito na vós do ancestral pagão
As sábias palavras que sempre perdurarão
Vivendo e revivendo esta sagrada tradição   

(Autoria de Morgan Le Fay)


The Wiccan Rede

 

The Wiccan Rede

(Full Version By Doreen Valiente)

 

        Bide the Wiccan Redes ye must,
                In Perfect Love and Perfect Trust;
        Live ye must and let to live,
                Fairly take and fairly give;
        Form the Circle thrice about,
                To keep unwelcome spirits out;
        Bind fast the spell every time,
                Let the words be spoke in rhyme.

        Soft of eye and light of touch,
                Speak ye little, listen much;
        Deosil go by waxing moon,
                Sing and dance the Witches' Rune;
        Widdershins go by waning moon,
                Chant ye then a baleful tune;
        When the Lady's moon is new,
                Kiss hand to her times two;
        When the moon rides at peak,
                Heart's desire then ye seek.

        Heed the North wind's mighty gale,
                Lock the door & trim the sail;
        When the wind comes from the South,
                Love will kiss them on the mouth;
        When the wind blows from the West,
                departed souls have no rest;
        When the wind blows from the East,
                Expect the new and set the feast.

        Nine woods in the cauldron go,
                Burn them quick, burn them slow;
        Elder be the Lady's tree,
                Burn it not or curs'd ye'll be;
        When the wind begins to turn,
                Soon Beltane fires will burn;
        When the wheel has turned to Yule,
                light the log, the Horned One rules.

        Heed the flower, bush or tree
                By the Lady blessed be'
        When the rippling waters flow
                cast a stone - the truth you'll know;
        When ye have & hold a need,
                Hearken not to others' greed;
        With a fool no seasons spend,
                Or be counted as his friend.

        Merry meet and merry part
                Bright the cheeks, warm the heart;
        Mind the threefold law ye should,
                Three times bad and three times good;
        Whene'er misfortune is enow,
                Wear the star upon your brow;
        True in troth ever ye be
                Lest thy love prove false to thee.

        'Tis by the sun that life be won,
                And by the moon that change be done;
        If ye would clear the path to will,
                Make certain the mind be still;
        What good be tools without Inner Light ?
                What good be magic without wisdom-sight ?
        Eight words the Wiccan Rede fulfill -
                An it harm none, do what ye will.
         
         

Little Pagan Priestess

Little Pagan Priestess

    Little pagan priestess in the moonlight,
    Fairy lady in your robes of gold -
    Haven't they told you, didn't they warn you,
    The poor Horned Lord is growing old?

    Little fairy princess in the springtime,
    Little lady in your robes of blue -
    Haven't they said the Hornèd One is lonely?
    He's searching in the empty woods for you.

    Little fairy priestess in the summer,
    Dancing all alone in woods of green -
    Don't you know the Hornèd One must need you
    To reign beside him as his Summer Queen?

    Little pagan priestess in the autumn
    When the falling leaves are turning red -
    Now summer's almost gone, and winter's coming on;
    The Hornèd One hangs low his antlered head.

    Little pagan priestess in the winter -
    Can't you see you, too, are growing old?
    The seasons all are lost, and the ground lies thick with frost;
    The lonely antlered head is not so bold.

    Little pagan priestess in the moonlight,
    Dancing barefoot in a fairy ring -
    Today you are a child, tomorrow woman wild;
    Maybe next year you'll hear the Horned One sing.

    O little girl who dances in the sunlight -
    Is that your father's step upon the path?
    Remember that I, too, was once a child like you.
    Perhaps one day you'll make a good man laugh.

By JANET, about 1990

Farrar/Bone 1997

The Goddess *Poesia de Janet Farrar


I Just Knew



So you’re the Great Goddess
How come they never mentioned you when I was being schooled?
Though come to think of it, they did;
Scarlet woman, Babylonian whore.






My father said I may worship you,
And told me I was Freya’s child, because I was born on Friday.
Strange, that; he is a good Christian,
Jesus man, Mary’s servant.






I am told, my Lady,
Your secret name talks of circumpolar stars,
Never beyond the horizon;
Just how many names do you have?






Sweet Isis, Mother of All,
Queen of Heavens,
Mistress of the Waters, Protectress of all that is living;
Nobody told me you were there, Mother, my Mother.




(Copyright Janet Farrar, 1970)



A Deusa * Poesia de Janet Farrar
Eu só sabia


Então você é a Grande Deusa
Como é que eles nunca mencionaram quando eu estava sendo educada?
Apesar de vir a pensar sobre isso, eles fizeram;
 Mulher escarlate, prostituta da Babilônia.

Meu pai disse que eu posso te adorar,
E me disse que eu era o filho de Freya, porque eu nasci na sexta-feira.
Estranho, que, ele é um bom cristão,
Jesus homem, servo de Maria.

Disseram-me, minha senhora,
Seu nome conversações secretas das estrelas circumpolares,
Nunca além do horizonte;
Apenas quantos nomes você tem?

Doce Isis, Mãe de Todos,
Rainha dos Céus,
Senhora das Águas, Protetora de tudo o que está vivendo;
Ninguém me disse que você estava lá, Mãe, minha mãe.






segunda-feira, 4 de junho de 2007

Deixa


 




Deixa eu e o meu cadinho.
Deixa eu e minha roupa rasgada.
Deixa eu e minhas andanças noturnas.
Minhas batas, minha espada e athame,
Meus gênios
e minha falta de lógica.
minha dança e meu assovio.

Não quero a sua salvação anunciada,
sua América católica,
funcional, engessada.
matrimonial e democrata.

Queres que eu use seus mocassins?
não aceitas minha alpercata,
de dedos nus.
Sou subversivo, antagônico, conflitante,
Deixa-me no meu círculo,
no meu esbath, de peito aberto,
em cantiga,
não obediente, como o carneiro de Abraão.
mas livre, como um potro de Pan.

Não me julga, pois nesse tribunal serei revel.
Mas não fugirei de mim mesmo,
não mais.
Não adoro o Nazareno,
nem por isso sou corsário,
Lança longe de mim sua coroa de espinhos,
traga-me a guirlânda de Urânia, cheia de louros.
Ela não carrega os bons costumes,
nem o prugatório,
Mas não quero o Paraíso de João,
desejo Valhala de Tera.
Não quero Maria,
imaculada e piedosa.
Desejo Babalon.
rubra,
lânguida e robusta.

Não quero beatas,
cativas.
quero bruxas,
lobas,
quero amar a mulher
como o cão ama uma cadela.
No chão, lambendo,
sem culpa, lascívo,
revelando meu cabritismo,
longe do pecado.

Você não entende meu amor lunar.
Abomina minha Gaia,
Pois ela não sussura hipócrita
nos umbrais das catedrais.

Ela grita alto nas campinas,
Ôbèron, amante de Titânia!
Se sou filho de Baphometh? talvez.
Ou de Cernunnos, de Vênus.
mas sou Corifeu e envitado.
Não tente calar meu uivo pagão,
pois não me terá nos coros
das ladainhas apostólicas.
Sou descendente e sou o ancestral.
este filho de Hecate não
beberá de tua taça,
não renderá sua alma ao pontífice,
esqueça-me.
Deixa eu e o meu cadinho.

eu e meu cadinho.
por Ôþèrøn