quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Por que as Deusas greco-romanas exercem tanto fascínio e curiosidade sobre nós? Qual é a relação entre mitologia e astrologia?

PERGUNTA:
> 1) Por que as Deusas greco-romanas exercem tanto fascínio e curiosidade
> sobre nós? Qual é a relação entre mitologia e astrologia?

CARLOS HOLLANDA:
Eu diria que todo e qualquer personagem mitológico irá exercer esse
fascínio, uma vez que todas as narrativas nas quais estão inseridos
remeterão a questões inerentemente humanas, seus problemas, vícios e
virtudes. E não seriam somente os greco-romanos. Personagens de todos
os panteões e culturas se equivalem em vários sentidos, formando o
arcabouço de experiências e modelos que norteiam e podem ajudar a
explicar, segundo um pensamento mítico, o comportamento e os eventos
que vivemos. As deusas obviamente constituem referências
importantíssimas, pois tratam do aspecto feminino do ser humano,
homens e mulheres. A expressão emocional, segundo muitos modelos
culturais ocidentais, por exemplo, é representada por figuras
femininas, desde a grega Afrodite até a sumeriana Ereskigal (a
terrível deusa do submundo). Entretanto, há elementos intersticiais
entre o feminino e o que culturalmente, desde a Antigüidade grega,
seria considerado "masculino": a sábia e estratégica deusa Atená,
saída da racional, patriarcal e imperial cabeça de Zeus, representa,
ainda hoje, a idéia que fazemos de Razão. Note que os atributos das
deusas muitas vezes servem como referência para conceitos que em
muitos idiomas estão no feminino. A razão é uma delas. Os mitos não
são apenas histórias para entreter. São exemplos do nosso próprio
comportamento. Na psicologia junguiana vamos associá-los ao conceito
de arquétipos, que constituem grande parte do inconsciente coletivo.

A relação entre mitologia e astrologia se dá de muitas formas. Hoje
não consigo conceber uma astrologia praticada sem o suporte
mitológico. O mapa de nascimento é uma espécie de narrativa
individual. Consiste numa narrativa mítica, com seus atores, cenário e
trama equivalendo aos planetas, signos, casas, aspectos e ciclos. Cada
ser humano, por mais racional, cético e pouco afeito a temas míticos
ou místicos invariavelmente vive uma narrativa mitológica pessoal, se
pensarmos em termos astrológicos. Os deuses, deusas e demais
personagens humanos e semi-divinos são expressões de nossas
características intrínsecas e o mapa astrológico permite realizar uma
leitura muito coerente desse "livro" que somos todos.

PERGUNTA:
> 2) Existe, por exemplo, uma ligação entre a influência que o planeta Vênus
> exerce sobre nós e as características atribuídas à deusa Vênus (Afrodite, na
> Grécia)? Poderia dar outros exemplos?

CARLOS HOLLANDA:
Certamente existe essa ligação. Vênus, na mitologia, é a "deusa do
amor", mas essa seria uma acepção um pouco simplista para esse símbolo
tão complexo. Vênus representa o desejo, a capacidade de atrair e de
ser atraído, o senso estético (Afrodite, afinal, era também a deusa da
beleza), a capacidade de sentir-se saciado, satisfeito, confortável e,
finalmente, a capacidade de amortecer a intensidade de conflitos,
mediá-los, unir polaridades opostas. Veja que, no mito, Afrodite é
responsável pelo vínculo amoroso tanto quanto as paixões que originam
as guerras, como a de Tróia. Afrodite não é uma deusa racional, como
Atená, portanto, o modo como apazigua as coisas não é mediante regras
e moral e sim pela possibilidade de união e atração. Afrodite é
amoral, como muitos dos deuses olímpicos o são. Seu campo é o da
atração, da sedução (como a do corpo ou a do dinheiro). Pensemos:
estivermos diante de um aparelho de TV que custe X e outro que custe
também X, dificilmente não levaremos aquele que tem maior valor
estético, maior potencial sedutor. Isso é um atributo venusiano em
nós. Onde Vênus está em nosso mapa está também o indicador do modo
como lidamos com esses assuntos e como atraímos e somos atraídos por
relacionamentos afetivos, por questões estéticas ou por acordos que
visam relativo grau de satisfação de duas partes.

PERGUNTA:
> 3) Como as características das deusas podem estar, hoje, perto de nós – e
> mais – essas características podem refletir certos comportamentos da mulher
> moderna? De que forma?

CARLOS HOLLANDA:
Depende do arquétipo-deusa do qual estivermos falando. Se for a já
citada Afrodite-Vênus, veremos uma exacerbação pós-moderna do
erotismo, com a erotização até mesmo de pré-adolescentes, com as
bonecas Barbie, por exemplo (com seios, nádegas, cintura - crianças ao
brincarem com Barbie, na verdade utilizam um exemplo com traços
adolescentes e certo grau de erotização). Na Internet vemos o boom das
notícias a respeito dos filmes pornô (uma verdadeira mescla de
Marte-Vênus, porém nada romântica, profundamente sexual, visando a
excitação pura e simples). A Atená, uma outra expressão de Vênus, ou
talvez um pouco mais precisamente, de Libra, na forma das mulheres que
finalmente, depois de tanto tempo, encontram possibilidades de
expressar seu lado racional e estratégico. A Lua seria outro fator
feminino em evidência, porém seus traços estariam, nos dias atuais, um
tanto dificultados na forma dos abusos perpetrados contra a infância
ou na dificuldade de se manter um núcleo familiar coeso. Um planeta ou
um luminar (luminares são o Sol e a Lua) podem ter muitas facetas e
estas podem ser atribuídas a um conjunto de personagens míticos. A
Lua, por exemplo, possuiria traços da deusa Selene, da mágica Hécate,
da caçadora Ártemis, de Hera (esta última, uma espécie de mescla entre
Vênus e Lua, talvez até com Saturno, já que era a padroeira do
casamento - e Saturno, apesar de seus traços mais difíceis, é sempre
indicador de consolidações) .

Se tentarmos estruturar um estereótipo da mulher ocidental atual,
talvez cheguemos a uma síntese entre uma Afrodite, com grande
capacidade de atração e sedução, uma Atená, profundamente racional e
competitiva, invencível num mundo androcêntrico e machista, mas com
certas dificuldades para manter uma vida a dois ou familiar. Eu disse
ESTEREÓTIPO, pois há com certeza muitas nuances e muitos aspectos a
considerar. Há muitas mulheres com traços lunares bem potentes,
repletas de capacidade nutridora, amorosa, enquanto há outras que
simplesmente procuram negar sua feminilidade (nada disso tem relação
com a homossexualidade - homossexuais podem ser femininas e ainda
assim não terem interesse pelo sexo oposto - homossexuais podem
sentir-se masculinas, mas sem tratar o próprio corpo como uma
anomalia). Entre as que lutam com sua feminilidade, estariam aquelas
que, por força das circunstâncias e do preconceito existente, acabam
assumindo atitudes culturalmente associadas ao masculino, quando são
profundamente sensíveis e acalentadoras. E não pense que isso não
ocorre com os homens. Os heterossexuais hoje também vêm se
desidentificando com a imagem-estereó tipo de virilidade (homem que é
homem não chora, sabe consertar a parte elétrica da casa, coça as
partes íntimas e gosta de futebol). Muitos casos de distúrbios
emocionais que culminam em tragédia, como o caso Eloá, podem derivar
desse distanciamento violento que vivemos de nossas deusas lunares.
Queremos nos ver como seres racionais, que a tudo resolvem, mas
esquecemos de nossa parcela animal, de nossas necessidades e
sentimentos. A civilização não resolve tudo.

PERGUNTA:
> 4) Com a astrologia e mitologia afetam as nossas vidas hoje?

CARLOS HOLLANDA:
Os mitos sempre estiveram presentes no comportamento humano. As
sociedades se articulam em torno dos mitos. Uma boa parcela do modelo
norte-americano durante os séculos XIX e XX foram pautados em uma
espécie de narrativa que mesclava um modelo salvacionista (o herói
salvador, destemido, capaz de restabelecer a ordem perdida) aos mitos
civilizadores que tiveram sua expressão mais contundente na conquista
do Oeste (e com a grande mortandade de populações indígenas). Esse é
só um exemplo. Quando votamos acreditando que o próximo presidente irá
salvar a pátria, estamos evocando o mito do herói junto ao do paraíso
perdido, da Idade do Ouro e coisa parecida. Quando desejamos ira para
aquele local paradisíaco do panfleto de viagens ou para as ruínas de
uma civilização antiga, estamos, igualmente, nos remetendo ao Paraíso
e à Era de Ouro. Tudo isso é vínculo com os mitos. Eles estão dentro
de nós e nos discursos sociais. Já a astrologia, como um amplo e
eficaz sistema de diagnóstico, aliado a uma filosofia que entende o
universo como uma entidade integrada, promove consciência, ou ao menos se propõe a isso. Ao
favorecer o acesso ao autoconhecimento e também um vislumbre sobre uma
espécie de funcionamento do universo dentro do ser humano, ela é capaz
de alterar significativamente nossa forma de abordagem das pessoas e
das situações nas quais nos encontramos. Ela é uma ferramenta. O
artífice é cada um que a usa em benefício de si e dos demais.

Abraços,
Carlos Hollanda


www.aldeiaplanetari a.com.br/ astro-sintese
www.historiaimagem. com.br


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The eight Wiccan Sabbats: Seasonal days of celebration

The eight Wiccan Sabbats:
Seasonal days of celebration



here are eight Wiccan Sabbats, spaced about 45 days apart during the year.
bulletFour of these are minor Sabbats: the two equinoxes of March 21 and September 21st when the daytime and nighttime are each 12 hours long. The Saxons added the two solstices of December 21, (the longest night of the year) and June 21 (the shortest night of the year). Actually, the exact date of these Sabbats vary from year to year and may occur from the 20th to 23rd of the month.
bulletThe major Sabbats are also four in number. They occur roughly midway between the minor Sabbats, typically at the end of a month. Different Wiccan traditions assign various names and dates to these festivals. Perhaps the most common names are Celtic: Samhain (Oct. 31), Imbolc (Feb. 2), BeltaneLammas (Aug. 1). (Apr. 30), and

Dates are approximate. Some Wiccans observe the Sabbat within a few days of the nominal date. The Sabbats are believed to have originated in the cycles associated with hunting, farming, and animal fertility.

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The sabbats:

bulletSamhain (OCT-31)
bulletWinter Solstice (±DEC-21) - Alban Arthan, Saturnalia, Yule, Christmas...
bulletImbolc (JAN-31 to FEB-02) - Bride's day, Candlemas Day, Groundhog Day...
bulletVernal Equinox (±MAR-21) - Alban Eilir, Eostar, Eostre, Lady Day, Ostara...
bulletBeltane (APR-30)
bulletSummer Solstice (±JUN-21) - Alban Hefin, Gathering Day, Midsummer, Vestalia...
bulletLammas (AUG-1)
bullet
Fall Equinox (±SEP-21) - Alban Elfed, Mabon, Autumn Equinox, Harvest Home...

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http://www.religioustolerance.org/wic_sabb.htm

Wicca, the religion

http://www.religioustolerance.org/witchcra.htm
Wicca is the largest of the Neopagan religions. Wiccans have great reverence for the Earth and for their Goddess and her consort, the horned God. Their main rule of behavior is the Wiccan Rede which forbids them from harming people, including themselves, except in some cases of self-defense.

Many, perhaps most, are solitary practitioners. Others form small groups of believers, called covens, groves, etc. Because of centuries of religious propaganda and misinformation, many conservative Christians, and others, associate Wiccans with Satanists even though the two belief systems are as different as Christianity and Atheism.

Our essays on Wicca are very different from those on Christianity.
bullet Wicca is a very decentralized religion; many Wiccans develop their own beliefs, rituals, and other practices. The latter are often not known outside the solitary practitioner or Wiccan coven. So we describe the beliefs and practices that most Wiccans hold in common.
bullet Most of Christianity is highly centralized within denominations whose beliefs, rituals, and other practices are well documented and available to us. So we describe the diversity of Christian beliefs in great detail.

THE STATUS OF WOMEN IN THE OLD TESTAMENT

http://www.religioustolerance.org/ofe_bibl.htm
Women were considered inferior to men:
bullet Genesis 1:27 to 3:24:
bullet In the first creation story (Genesis 1:27) God is described as creating man, both male and female at the same time: "So God created man in his own image, in the image of God created he him; male and female created he them." 2 This might be interpreted as implying equality between the two genders.

sábado, 20 de dezembro de 2008

O folclore de Litha ou Solstício de Verão

Litha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Litha marca o primeiro dia do verão e se situa entre Erelitha e Afterlitha no calendário germânico antigo e um dos oitos sabás neopagães. O termo é usado especialmente no calendário Asatru.

Ocorre no Hemisfério Sul em 21 de Dezembro e 21 de junho no hemisfério norte.

È o momento quem que o poder do Sol chega ao seu ápice e as flores, folhagens e gramados encontram-se lindos e abundantemente floridos e verdes. Muitos dos círculos de pedra, como o Stonehenge, e dos monumentos pré-célticos estão alinhados com o nascer do Sol

Após a união da Deusa e do Deus em Beltane, O Deus está adulto, um homem formado, e tornou pai - dos grãos. Em sua plenitude, ele traz o calor do verão e a promessa total de fertilização com o sucesso do enlace feita com a Deusa. Sendo o auge do Deus, também prenuncia o seu declínio, nesse momento o Deus, após cumprir a sua função de fertilizador, dá seu último beijo em sua amada e caminha ao país do Verão (Outro Mundo), utilizando o Barco da Morte para morrer em Samhain. Em algumas tradições festeja-se a despedida do reinado do Deus do Carvalho (Senhor do Ano Crescente) e o início do reinado do Deus do Azevinho (Senhor do Ano Decrescente) que durará até Yule. Este é o único Sabá em que às vezes se fazem feitiços, pois acredita-se que seu poder mágico é muito grande.

 Costumes de Litha

Há uma infinidade de lendas e ritos que envolvem a noite do Solstício de Verão: Um dos costumes mais populares na Europa e Norte da África é a colheita de ervas medicinais e mágicas nesse dia. Acredita-se que a plenitude da força do deus está impregnada nessas ervas e contém todo o poder sanador e mágico para a cura de doenças. O visco e o basílico, como outras muitas ervas, são colhidos ritualisticamente e usados para preservar a energia nos tempos frios em encantamentos e sortilégios.

Banhos purificadores e curas milagrosas são realizados nas noites mágicas em fontes, rios e cachoeiras. Acredita-se também que tudo aquilo que for sonhado, desejado ou pedido na noite de Litha se tornará realidade.

Os antigos Povos da Europa acreditam que, nessa noite, criaturas mágicas andam correndo pelos campos e florestas e poderiam facilmente ser vistos e contatados.

Nesse dia os amuletos do ano anterior são queimados e novos talismãs de proteção, poções para sonhos proféticos e filtros são feitos para aproveitar o grande momento de poder.

É costume dar continuidade a grande fogueira de Beltane, como também pula-la para se livrar dos infortúnios e da negatividade. Tradicionalmente essa fogueira é acesa com gravetos de abeto e carvalho, duas árvores consideradas mágicas pelos neopagães.  



Primeiro dia do verão (Solstício do Verão).
Em 2008, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 21/Dez às 09h04min (Horário de Brasília, não considerando o Horário de Verão).

O Solstício do Verão (ou Meio do Verão, Alban Hefin ou Litha), também conhecido como Dia de São João, na Europa, marca do dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite. Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo da Grande Roda Solar do Ano, pois, após o Solstício do Verão, os dias se tornam visivelmente mais curtos.

Em certas tradições wiccanas, o Solstício do Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente. (O Deus Azevinho reinará até o Sabbat do Inverno do Natal, o dia mais curto do ano.)

O Solstício do Verão é uma época tradicional, em que os Bruxos colhem as ervas mágicas para encantamentos e poções, pois acredita-se que o poder inato das ervas é mais forte nesse dia. é o momento ideal para as divinações, os rituais de cura e o corte de varinhas divinas e dos bastões. Todas as formas de magia (especialmente as do amor) são também extremamente potentes na véspera do Solstício do Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se tornará verdade para quem sonhar.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Solstício do Verão são vegetais frescos, frutas do verão, pão de centeio integral, cerveja e hidromel.


http://www.circulosagrado.com/cs/celebracoes/litha.php

      

No solstício de verão, o Sol está em seu ápice; ele mantêm o seu maior brilho e elevação. O meio de verão, como é chamado, é celebrado pelas bruxas e bruxos pela sua abundância e plenitude no ano, trazendo fetilidade à Terra.

Litha (pronuncia-se "líta"), é celebrado por volta de 22 de dezembro no hemisfério sul e por volta de 22 de junho no hemisfério norte (verifique a data correta anualmente). É o dia mais longo do ano, mas que também representa o declínio do Deus Sol. A partir deste dia, os dias vão ficando cada vez mais curtos, até chegarem ao ápice da escuridão no solstício de inverno. Por isso o solstício de verão era um marco que assinalava o início da metade escura do ano, ao contrário do solstício de inverno.

O solstício de verão é tanto um festival de fogo quanto um festival da água; o fogo sendo um aspecto do Deus e a água um aspecto da Deusa. O festival desenvolveu-se menos e tardiamente nos países celtas, pois estes não eram originalmente de orientação solar. Muitos dos costumes sobreviveram até os tempos modernos, como rolar colina abaixo uma roda pegando fogo. Como acontece em Beltane e em Samhaim, a fogueira é destituída de grande poder mágico.

A Deusa e o Deus estão no êxtase de sua união e vemos a Natureza cheia de frutos e flores belos. É o ápice do amor passional entre ambos; a Deusa reina como a Rainha do Verão e o Deus aproveita seu auge, pois depois começará o seu declínio até renascer no inverno.

Devemos nos lembrar que a mudança é a essência da vida, pois tudo carrega dentro de si a semente do seu oposto. O Sol está com seu poder no auge, mas a partir daí começa a decair. Vida e morte fazem parte de todos os aspectos na Natureza e em nossas vidas.

Para bruxas e bruxos modernos, o fogo é um aspecto central do festival do solstício de verão, assim como é em Beltane. Mas o caldeirão também é usado neste sabá, cheio de água, para representar a abundância da Deusa, e também nos remeter ao caldeirão de Cerridwen.

Outros povos antigos também festejavam a abundância do verão com festivais semelhantes: Vestália (Roma), Dia dos Casais (Grécia), Festa de Epona (País de Gales), Thing-Tide (Escandinávia), Alban Heflin (tradição anglo-saxã) ou a Dança do Sol (nativos norte-americanos).

Por causa do solstício, existem os trópicos de Câncer e Capricórnio. No solstício de verão no hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à terra na linha do Trópico de Capricórnio. No solstício de inverno, ocorre a mesma coisa no Trópico de Câncer.

Alguns antigos costumes do Solstício de Verão

- Na Europa, as celebrações deste sabá foram absorvidas pela festa cristã de São João, cujo nome originou-se da erva usada com fins curativos e mágicos, como proteção ou para proporcionar sonhos e presságios.

- As homenagens aos seres da Natureza ou às divindades naturais também foram substituídas pelas populares e folclóricas festas juninas.

- Antigamente, os casamentos eram celebrados em junho para garantir-se a fertilidade, sendo esta uma data muito propícia, embora diferente de Beltane, que era reservada aos ritos de fertilidade e ao Casamento Sagrado das divindades.

- Em Creta, o Ano Novo começava no solstício de verão, marcando o fim da colheita do mel. Para os cretenses, o zumbido das abelhas era a voz da Deusa anunciando a sua regeneração. O touro personificava o Deus e, ritualisticamente, era sacrificado para simbolizar a sua morte e seu renascimento das entranhas da Terra. A lenda do Minotauro representa nada mais nada menos do que a descida simbólica à escuridão, encarando os medos e encontrando os meios da renegeração, ao seguir o fio da vida tecido pela Deusa.

http://www.bruxaria.net/enciclopedia/l/litha.htm


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Guias bilíngües farão visitas guiadas pela Trilha Histórica do Jardim Botânico nos dias 20 e 21 de dezembro

Start:     Dec 20, '08 9:00p
End:     Dec 21, '08 04:00a
Location:      (Rua Jardim Botânico, 1.008 – Jardim Botânico), Rio de Janeiro, RJ
Imagine percorrer as aléias bicentenárias e os pontos de interesse histórico do Jardim Botânico do Rio de Janeiro na companhia de seu criador, d. João VI e Carlota Joaquina. Esse é o objetivo do projeto Trilha Histórica, desenvolvido pela equipe do Centro de Visitantes do Jardim Botânico, em comemoração aos 200 anos do parque – e com patrocínio da Natura, empresa parceira do JBRJ –, que será retomado nos próximos dias 20 e 21 de dezembro (sábado e domingo).

Guias bilíngües fantasiados com roupas de época vão conduzir grupos de visitantes por uma série de pontos de importância histórica no Jardim, como o Sítio Arqueológico Casa dos Pilões, o busto de d. João, entre outros. As visitas guiadas pela Trilha Histórica terão saídas a partir do Centro de Visitantes, às 9h, 10h, 11h, 13h, 14h, 15h e 16h, no fim de semana. Ao final de cada trilha, os participantes poderão ter acesso a uma mesa de experimentação com sementes, castanhas e frutos nacionais, muitos dos quais podem ser encontrados na visita ao Arboreto, com direito a distribuição de brindes.

A visita guiada pela Trilha Histórica é gratuita e o ingresso para o parque custa R$ 5,00, sendo que crianças até 7 anos e adultos acima de 60 anos não pagam. Em caso de chuva, o passeio será adiado para o final de semana seguinte. Os próximos passeios ocorrerão mensalmente até fevereiro de 2009, sempre no terceiro final de semana de cada mês, com saídas de hora em hora. Para obter mais informações, entre em contato com o Centro de Visitantes, pelo telefone (21) 3874-1808 ou pelo e-mail: cvis@jbrj.gov.br

Serviço:
Passeio guiado Trilha Histórica
Data: dias 20 e 21 de dezembro de 2008 (sábado e domingo)
Horários do passeio: 9h, 10h, 11h, 13h, 14h, 15h e 16h.
Local de saída: Centro de Visitantes (Rua Jardim Botânico, 1.008 – Jardim Botânico)
Preço do ingresso para o parque: R$ 5,00 (crianças até 7 anos e pessoas acima dos 60 anos não pagam).












http://www.jbrj.gov.br/materias/15_12_2008(1).htm

Canção do Mar

Rating:★★★★★
Category:Music
Genre: Folk
Artist:Dulce Pontes

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sacerdotisa Perdida:

Sacerdotisa Perdida:

Continuando
 a procurar,
um verdadeiro amor
hei de achar.
 
Embora pareça irônico
disso vos falar,
prefiro ser sincero
a ter que me lamentar.
 
Não é a mulher perfeita
o que procuro,
e sim a que goste, como eu,
da penumbra e do oculto.
 
Não me adequaria, jamais,
a ter muitas.
Nem, tampouco,
me satisfaria com tolas “Raimundas”.
 
Me acompanhe, Sacerdotisa perdida,
às escura e convidativas florestas.
Pois em tua homenagem,
realizarei ritualísticas festas.
 
Agyos, agyos,
Io Pan!
nos recebe com afã!
 
http://br.geocities.com/ocaminhodaserpente/ocaminhodaserpente1.html

O CAMINHO DO BARDO I

http://br.geocities.com/ocaminhodobardo/ocaminhodobardo1editado.html
Não à Farsa (Parte II):
Ao Camarada Blood Ascent.
O.N.A. rules!!!

Os farsantes continuam a te sugar, camarada??? Como são oportunistas e baixos estes vampiros de almas... Querem tornar-se escravizadores dos pobres, dos menos favorecidos, tentam Te comprar com seu vasto dinheiro, não possuem Ética ou Honra!!!
Continuo a Te dizer: afasta-Te o quanto antes!!! Ainda não é tarde, Te digo... Estes seres, movidos pelo egoísmo e pelo enriquecimento fácil e, por muitas vezes ilícito, querem transformar Teu simples e belo ser em um mero escravo de seus bel-prazeres...
Mas os vampiros notaram que Tu não Te corrompes, que possuis a Ética e a Honra de um ser dedicado a Saturnus. Voltaram-se contra Ti, então!!! E, dessa forma, diluem toda sua ludibriante mentira contra Tua pessoa, blasfemando-Te.
Forjam-se os vampiros em sua popularidade, pois existem muitos fracos que deixam-se levar pelo limitado mundo de mentiras do “quem paga mais...” Esses mesmos fracos que hoje voltam-se contra Ti!!! Não, Irmão, esta não é Tua real índole!!!
Temem, principalmente, o retorno da Época de Ouro dos Teus Antepassados, onde não haviam disputas e o Solo era Fértil, onde reinava a concórdia, onde a Honra era regida pela Espada!!! A Real e Verdadeira Espada de um ser devotado à Saturnus...
Avante, Camarada!!! Muitos como Ti já se reúnem em torno da verdadeira e antiga Ética pagã. A Saturnália está próxima de ser celebrada!!! Mas esta não deveria ser uma festividade saudosa e limitada por data, não, isto Te digo em certeza... Ela deveria ser algo corriqueiro na vida de todos os dignos cidadãos desta terra de riquezas.
Isto é: onde prevalecer o caos, haverá sempre o insurgir de aproveitadores e escravizadores. Pessoas de péssima índole que movem sua riqueza em favor da ludibriação e desvirtuar do pouco que ainda resta de verdadeiro e honrado no ser humano... Fuja destes e lute com Honra contra os usurpadores!!!

domingo, 2 de novembro de 2008

Beltane: O Casamento Mágico

Written by Ayesha Tamarix   
Beltane, ocorre no pico da Primavera. Marca o momento em que a Terra se aquece pelo calor do Sol e o Inverno é oficialmente deixado para trás. É celebrado no hemisfério norte por volta de 1 de maio, e no hemisfério sul por volta de 31 de outubro. Na véspera de Beltane, as energias sexuais naturais atingem seu ponto mais alto. Marca a parte brilhante do ano e um tempo de equilíbrio natural. Na roda do ano fica do lado oposto de Samhain. É um festival de luz que simboliza a união entre as energias masculinas (o Senhor das Florestas) e femininas da terra (a Rainha da Primavera). Como Samhain representa o anoitecer do ano, Beltane representa o amanhecer. O Sol está se aproximando do seu auge que ocorrerá em Litha, e o calor ajuda a fertilizar as plantas e sementes, e os animais brincam e se acasalam. A Deusa e o Deus estão agora em plena vitalidade e amam-se com toda a intensidade. Eles irão consumar seu amor, sua paixão é evidente em toda a vida presente na Terra. Esse Sabá marca a união da Deusa e do Deus representando a fertilidade dos animais e as colheitas do próximo ano, é a união de todos os poderes que trazem vida a todas as coisas. Comemoramos a fertilidade, o amor que dá forças à tudo e o retorno do Sol em toda a sua intensidade. A palavra Beltane vem do nome céltico do Deus “Bel” que é o Senhor da vida, da morte e do mundo dos espíritos. “Tinne” significa fogo. Assim Beltane que dizer “Fogo de Bel”. Portanto, também podemos dizer que, nessa visão Beltane é derivado do antigo Festival Druida do Fogo. Há também um antigo festival romano dedicado a Flora, a deusa sagrada das flores, a Floralia (La Giornata Di Tana). Em tempos antigos, esse festival era dedicado a Plutão, o senhor romano do Submundo, correspondente ao Deus Hades da mitologia Grega. No dia de Beltane o Sol está astrologicamente no signo de Tauros, o Touro, que marca a "morte" do Inverno, o "nascimento" da Primavera e o começo da estação do plantio. Beltane é o momento de celebrar a vida em todas as formas, de dar boas vindas ao Verão, é o momento de equilíbrio, nos despedimos das chuvas para receber o calor do Sol. Algumas práticas de Beltane Na Bretanha, a união do masculino com o feminino ainda é reconhecida nas comemorações tradicionais de Primeiro de Maio (ou festa da Primavera), com a coroação da rainha da Primavera e as danças ao redor do mastro. Beltane é particularmente notado como a época de ver e comunicar-se com o mundo encantado de fadas e duendes. É comum aventurar-se por um antigo bosque, floresta, campo nessa época do ano, e provavelmente serão encontrados círculos de cogumelos crescendo embaixo de copas de árvores (conhecidos como “anéis das fadas”) que dizem marcar o lugar onde as fadas dançam em suas comemorações noturnas. Os celtas acreditavam que a terra das fadas e a terra dos sonhos eram a mesma coisa e que esse era um outro reino que existia no mesmo espaço físico que nós, só que com uma vibração mais elevada. Pode melhor ser percebido quando a mente está em estado de sonho, semelhante àquele em que estamos quando prestes a adormecer. A luz das fogueiras de Beltane no topo dos montes e em lugares sagrados era um ritual importante em todas as terras célticas. Essas fogueiras eram chamadas de “fogueiras da necessidade”, eram construídas de uma forma sagrada e davam-lhe oferendas como, por exemplo, ervas, artefatos animais ou totens para imbuir o fogo de poderes que seriam então passados para o gado. Era tradição as pessoas pularem as fogueiras para encher-se das energias poderosas, curar doenças, assegurar bons partos e pedir bênçãos dos Deuses da Fecundidade (lembraram de algo ... pula fogueira iáiá ... se esfregar no pau de São João). Na Bretanha, nove homens levam nove tipos diferentes de madeira para acender a fogueira de Beltane. Nove é um número de grande potência para os celtas e é mencionado com freqüência na mitologia céltica. Originalmente as fogueiras eram acesas ao redor de uma única árvore sagrada ou mastro decorado com vegetação e flores para representar a união das energias do Senhor das Florestas e da Rainha da Primavera. Esse foi o precursor do Mastro de Maio. No final da festa cada família levava brasas desse fogo para sua casa, simbolizando a renovação da vida e reacendiam o fogo doméstico para compartilhar o divino e receber a benção de esperança para um Verão próspero e fértil, com uma colheita abundante. Era costume colher orvalho na manhã de Primeiro de Maio, e cantar uma estrofe inglesa que diz: “A donzela que em Primeiro de Maio For para os campos ao amanhecer E banhar-se no orvalho de um pilriteiro Beleza eterna era ter”. Fazer uma coroa de maio com pilriteiro para a Rainha da Primavera e dar como oferenda para as fogueiras de Beltane, ou usá-las como decoração nas mesas das casas durante o banquete colocando pensamentos positivos era uma prática celta. Um dos símbolos mais conhecidos é o Mastro de Beltane (Maypole, Mastro de Maio) feito de tronco de uma árvore forte e alta, normalmente o vidoeiro ou freixo e enfeitado com flores e tiras de fitas. Uma vez decorado, antigamente era elevado em uma praça da aldeia (um ponto focal das atividades da comunidade) para que todos dançassem em volta entrelaçando as fitas no mastro. Essa prática é mais do que uma simples dança de festa, o mastro simboliza o falo do Deus e ele sempre é ornado com uma coroa de flores simbolizando a vulva da Deusa. Ao entrelaçarem as fitas os participantes representam a união sexual do divino, a união da Deusa e do Deus. Na Europa Antiga, as pessoas celebravam Beltane unindo-se sexualmente em meio os bosques, e todas as crianças concebidas dessas uniões eram consideradas “bem aventuradas” e filhos da Deusa e do Deus. Essas uniões em meio às arvores era um ato de Magia simpática, de forma que se acreditava na união com os reinos animal, vegetal e humano. Entre os povos da Europa, os gados, que tinham ficado presos durante todo o Inverno, eram soltos nos pastos em Beltane, a festa que confirmava a promessa da Primavera e o aumento da luz do Sol. Os antigos Druidas faziam bolos redondos (Bolos de Beltane), que durante a celebração eram divididos em partes iguais e consumidos durante o sabá. Antes da cerimônia, uma porção do bolo era escurecida com carvão, e o infeliz que a retirava era chamado de “bruxo de Beltane” e tornava-se a vítima sacrificial a ser atirada na fogueira. Nas Terras altas da Escócia, os bolos de Beltane são usados para adivinhação, sendo atirados pedaços nas fogueiras como oferenda aos espíritos e deidades protetoras. Atividades comuns em Beltane: · Pular fogueira (ou caldeirão); · Guardar cinzas da fogueira para utilizar em encantamentos de fertilidade, para abençoar objetos e pessoas; · Fazer Mastro de Beltane; · Dançar em volta do Mastro de Beltane; · Colher ervas da estação; · Fazer um piquenique em família; · Lavar a face no orvalho da manhã de Beltane (isso traz beleza para quem o faz); · Fazer máscaras com folhas para representar o Green Man; · Colocar uma tira de tecido em uma árvore fazendo um pedido as Fadas; · Fazer uma oferenda ao povo das Fadas; · Faze um pacote de Beltane; · Confeccionar guirlandas com flores multicoloridas para as mulheres e folhas verdes para os homens; · Fazer oferendas ao espírito da Primavera; · Fazer bolos redondos de aveia e cevada (Bolos de Beltane). Correspondências Cores: verde Nomes: Beltane, Cetsamhain, Rudemas, Dia da Cruz, Walpurgisnacht, Véspera de Maio, Giamonios Deuses: Deuses da Florestas, fertilidade, sexualidade. A Deusa no aspecto Fertilizadora, O Deus como Fecundador. Ervas: cardo-santo, curry, narciso, coriandro, sangue-de-dragão, samambaia, urtiga, sementes de linho, espinheiro, manjerona, páprica, rabanete, cogumelo, amêndoa, rosas, folhas de sabugueiro, baunilha, ylang ylang. Incensos: olíbano, lilás e rosa. Pedras: malaquita, quartzo rosa, esmeralda, berilo, turmalina, quartzo verde, amazonita, aventurina. Comidas e bebidas sagradas: leite, bolos de cereais, saladas, tortas, bolos de frutas, frutas, cerejas, morangos, ponche de vinhos rosado e tinto e sucos. Fontes de Consulta: Explorando o Druidismo Celta – Sirona Knight Grimoire: Ayesha Grimoire: IDC Guia essencial da bruxa solitária – Scott Cunningham Italian Witchcraft – Raven Grimassi Rituais Celtas – Andy Bagggot Textos de Jan Duarte Wicca – A Feitiçaria Moderna – Gerina Dunwich Wicca – A Religião da Deusa – Claudiney Prieto
  http://webgtp.com/gtp/index.php?option=com_content&task=view&id=108&Itemid=45

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Roda do Ano por Starhawk

Nascimento, crescimento, morte, renascimento; a roda que gira  é um círculo, assim como o ano é uma viagem circular que fazemos em volta do Sol.
Começo da escuridão do ano, quando há um hiato no tempo, um momento que o véu é tênue e aqueles que partiram antes de nós e aqueles que virão depois  de nós  não estão separados de nós. Nesse momento fértil, quando presente, passado e futuro se encontram, a criança do ano é concebida. O que é concebido  são as possibilidades, pois a criança não está ainda formada.
Dizemos que o céu noturno é o ventre da Deusa, pois ele é escuro como o útero que nos contém, e dentro dele bilhões de estrelas vivas  são pontos de luz, como os  espíritos  dos mortos nadando no caldeirão escuro do ventre, em direção ao renascimento. Dizemos que no Solstício de  Inverno a Grande Mãe  dá luz  o sol. Mas o que realmente nasce? Não o sol físico, a flamejante  bola de gás. É o espírito do sol que nasce do espírito da noite, é a criança da promessa que desperta dentro de nós, lembrando-nos que podemos ser mais do que somos. E, quando o ano cresce, a criança ainda não formada começa a criar uma personalidade, a crescer na forma e na configuração que o ano apresenta, a perguntar-nos pelas promessas que o ano exige.
o que existe em potencial começa a criar raízes, brotando, dando folhas e frutos. O espírito do sol penetra as sementes da primavera.Invoque a filha semeadora do sol, pois ela crescerá e amadurecerá e dará á luz a si própria. Invoque o filho semeador do sol, pois ele surgurá e e se derramará e cairá novamente. Ou invoque a semente a criança do Equilíbrio, pois nela todos os opostos se encontram. Escuridão e luz, fogo e água, terra e ar, dia e noite, são necessários para o seu crescimento.
Onde há equilíbrio, existem igualdade  e diferença e, destas, nasce o desejo. O desejo surge forte e firme como o pau-de-fita da festa da primavera, e o desejo rodopia, dança, em uma arco-íris de cores como fitas  balouçantes, e o desejo faísca e emite calor que oscila como as chamas do caldeirão. E, quando nos entregarmos às marés altas da vida, elas nos carregam na crista a onda; a criança  amadurece; o potencial se realiza; a semente brota e do seu tronco surgem frutos, que devem cair.
a Roda gira. Dizemos que o Solstício de Verão é o tempo da distribuição do Sol. Chame o  sol de  Nossa Mãe, pois Ela nos alimenta com seu próprio corpo. Chame o  Sol de deus que se entrega, pois ele se consome para gerar calor e luz. Invoque o tempo do Sol.
Aquilo que sobe deve cair para derramar sua semente. O que amadurece deve cair sobre a terra e apodrecer. Portanto, o Sol torna-se viajante, aquele que desce, aquele que conhece o outro lado e, dessa maneira nos conduz a um novo equilíbrio à época da colheita, quando, para vivermos, devemos nos transformar nos ceifeiros da vida. Chame a colheita de filho do sol, pelas sementes que se espalharam sobre a terra.
Desça junto como as sementes que penetram no chão. Entre no outro mundo, no mundo dos sonhos, o espírito do mundo. Chame o espírito do sol de seu navio e navegue os oceanos que  são imunes á luz do sol e da lua, libertos do tempo. Na distância, algo brilha,é um ponto de luz; é uma ilha solitária onde o presente, o passado e o futuro se encontram. Transporte consigo as cargas do passado até que você alcance o ponto principal da espiral, onde a morte e a vida  são uma só coisa, onde o que foi consumado pode ser renovado e todas as possibilidades  são apressadas para uma nova vida ao lado daquilo que já se foi. O Ciclo termina e  começa novamente e a Roda do Ano gira, continuamente.







A Roda do Ano Celta

A Roda do Ano Celta


A concepção de tempo dos pagãos (O termo pagão significa: povo dos bosques), principalmente a dos Celtas era um tanto quanto diferente da atual. O tempo era para eles, não linear, mas circular, cíclico; há também o calendário, que era para eles lunar, enquanto que o nosso é um calendário solar.

Originários da tradição celta, os sabbaths ocorrem oito vezes ao ano, ou seja, duas vezes a cada estação. Nessas ocasiões, são homenageadas duas divindades: a Grande Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, e o Deus Cornífero, O Gamo Rei, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem.

Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos para mais um dia. O povo Celta, assim como outros povos de origem pagã, celebram o começo dos dias através do anoitecer.

Cada anoitecer nos faz lembrar que a Deusa, com sua magia e seus mistérios, reinará através da Lua, das emoções, e das intuições, mostrando-nos que enquanto os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o semear de um novo dia.

O Deus, que também descansa durante a escuridão, se prepara para um novo nascer, para um novo brilhar, para um novo amanhecer.

Esse acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer fazem do dia e da noite momentos muito preciosos e de intensa comunhão entre o masculino e feminino. É preciso que as duas polaridades estejam em perfeita sintonia para que a Natureza possa se manter equilibrada. Da mesma maneira, como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada, homens e mulheres precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir em momentos de intensa união e perfeição.

Esses momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o nascer do sol e a metade do dia, se tornam de extrema importância para magias. Da mesma forma, os momentos entre cada um desses pontos também se tornam importantes. Em um suposto tempo linear: os quatro momentos principais seriam: 6h, meia noite, 6h e meio dia; e os secundários: 9h, 3h, 9h, e 3h.

Sabendo que o universo é perfeito e que tudo que há no macrocosmos tem seu correspondente no microcosmos, muitas vezes é preciso entender o micro para alcançarmos e sentirmos a importância do macro. Para muitas pessoas fica mais fácil compreender o universo através de pequenos momentos do dia-a-dia para se ter uma real noção da extensão dos grandes momentos.

Como podemos ver existem quatro momentos do dia (24h) que são pontos vitais, e há quatro pontos secundários que são pontos de equilíbrio. No processo de imagem refletida para imagem projetada, temos no ano (365 dias) quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto, sétimo e décimo meses – dias que caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro elementos. Temos, também, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Assim nossa roda do ano esta formada e em eterna harmonia com o universo.

Esta era a maneira de pensar e agir dos Celtas, que tinham seu calendário baseado nesses oito momentos do ano, quando reuniam-se em clareiras e templos para festejar ritualisticamente essas oito datas. A cada uma delas deu-se um nome:

Sabbat Oito datas Festivas Data - Norte Data - Sul
Samhain Fim e Início de um Novo Ano 31 de Outubro 30 de Abril
Yule Solstício de Inverno 21 de Dezembro 21 de Junho
Imbolc Festa do Fogo (Luz, Sol) – Noite de Brigit 1º de Fevereiro 1º de Agosto
Equinócio de Primavera Ostara ou Spring – Festa da Fertilidade 21 de Março 21 de Setembro
Beltane A Fogueira de Belenos - Beltane 1º de Maio 1º de Novembro
Midsummer Solstício de Verão 21 de Junho 21 de Dezembro
Lughnasadh Festa da Colheita 1º de Agosto 1º de Fevereiro
Mabon Equinócio de Outono 21 de Setembro 21 de Março

A Roda do Ano Celtahttp://www.misteriosantigos.com/rodadoano.htm

Um futuro mutante e desconhecido

O governo transgênico do Brasil:
Modificado geneticamente para favorecer o latifúndio e o imperialismo


Um futuro mutante e desconhecido

por MST [*]

A transnacional Monsanto quer o controle da agricultura mundial. O Palácio do Planalto decidiu, ilegal e inconstitucionalmente, liberar plantações transgênicas no Brasil. O vice-presidente, que assinou o que o mandaram que ele assinasse, ficará com o ônus político de ter cumprido uma ordem do "representante" das associações de agricultores do sul, devidamente trabalhada pela Monsanto com o apoio das mentiras, já explicadas pelo Relatório Alfa, de um grupo da Embrapa.

O governo consegue assim afrontar o Judiciário, a Ciência e milhões de consumidores/eleitores, com o apoio de defensores dos transgênicos,"conquistados" pelo lobby.

Aqueles que garantem que nenhum transgênico causa mal, apenas repetem os "releases" da Monsanto. O relatório apóia abertamente as pesquisas com transgênicos porque serão importantes no futuro. Mas precisamos de testes que garantam sua segurança, o que não existe hoje. E ainda temos que assistir supostos "defensores dos agricultores" na televisão, mentindo escandalosamente, como os líderes sindicais pelegos que gritam a defesa do sindicato em cima de uma kombi velha, mas têm contas milionárias e ótimos depósitos feitos pelas empresas que os controlam.

Ninguém no Brasil tem que respeitar ou aceitar esta mostra de incompetência científica, ilegalidade e abuso de poder do Palácio do Planalto, pois a justiça (se é quem tem alguma força em nossa Democracia) já decidiu que o plantio de transgênicos — sem estudo de impacto ambiental — está proibido, gostem ou não aqueles que detém mais poder no Brasil: José Dirceu, a tropa de choque Monsanto-Embrapa ou o presidente Lula. Nesta ordem.

Agora vamos saber se apenas programas de auditório são punidos quando quebram a lei.

Uma recente notícia veiculada pela agência Reuters, em 8 de agosto de 2003, é mais uma prova do gigantesco perigo que será a liberação dos transgênicos no Brasil.

Agricultores e vendedores de sementes dos Estados Unidos ficaram muito irritados com o recente aumento no preço da patente genética das sementes de milho e soja transgênico.

Teoricamente, bastaria os agricultores não comprarem a semente patenteada, buscando no mercado a semente de plantas naturais. Mas não é tão simples assim. O comércio de sementes é dominado por algumas poucas empresas, a prática do oligopólio reduziu a oferta de semente não transgênica, não existe semente para suprir a demanda dos agricultores americanos por semente natural.

Quando surgiram os primeiros indícios de que haveria problemas graves com a comercialização dos transgênicos, vários produtores norte-americanos tentaram abandonar os transgênicos. Não encontraram semente natural no mercado ou sofreram pesadamente com as acusações violação de patentes.

O AGRICULTOR PAGA O PREÇO DA SEMENTE
E OUTRO VALOR PELA PATENTE GENÉTICA.


Muitos agricultores idealistas estão esperando as sementes transgênicas nacionais. Dizem: -"queremos a nossa soja, transformada pela Embrapa, com tecnologia brasileira, e por favor parem de atrapalhar a pesquisa."

Mas qual é a tecnologia nacional? Os genes patenteados de uma empresa norte-americana inseridos nas variedades de soja da Embrapa? Usar semente desenvolvida pelo governo brasileiro e pagar patente para uma empresa estrangeira? O contrato comercial entre a Monsanto e a Embrapa contém trechos confidenciais e determina que a Monsanto usufruirá das patentes advindas das variedades brasileiras, do banco de sementes da Embrapa, que sofrerem modificações com genes patenteados pela empresa multinacional.

Podemos imaginar uma situação futura em que a agricultura brasileira esteja dominada pela soja e milho transgênico. Praticamente uma única empresa norte-americana dominará todo o mercado de semente e o agricultor ficará totalmente impossibilitado de produzir sua própria semente, pois seria impossivel fugir da polinização das culturas mutantes vizinhas.

Para destruir a competitividade da agricultura brasileira não será necessário, neste cenário de dominação tecnológica, pressões internacionais, processos na Organização Mundial do Comércio, bioterrorismo ou táticas elaboradas. Basta aumentar o valor da taxa de patente genética cobrada nas sementes.

Podemos observar que uma aumento de 2% na taxa cobrada da semente de milho transgênico e de 10% na taxa cobrada da soja trasgênica já causou um desconforto e muita irritação entre os agricultores norte-americanos, que recebem pesadas ajudas e subsídios agrícolas. Imaginem o agricultor brasileiro ser surpreendido em um futuro ano agrícola com um aumento de 50%, 60% ou até mesmo 100% do valor da taxa de patente genética da semente que sempre plantou.

Qual sua opção? Plantar e arriscar uma baixa lucratividade ou prejuizo, não plantar nada, plantar mandioca, inhame e cará (se até lá não sofrer modificação genética patenteada).

Poderá ser a pauta de uma reunião futura de lideres mundiais: "Reduzir a taxa da patente genética na Índia, EUA, Filipinas e Nepal, aumentar em 50% o valor da taxa na Argentina, Coréia do Norte e Bolivia, aumentar em 80% o valor da taxa para o Brasil, Egito e Itália...". Talvez uma negociação da Alca: "Diminuimos o valor da taxa de patente genética em troca da privatização de uma usina hidroelétrica..."

A patente genética, dominada por poucas nações é um método mirabolante de controlar a agricultura mundial, ditando quem pode ter lucros e quem deve ficar com os prejuizos, controlar a área plantada e em quais países. Uma ditadura genética sem retorno. Depois de dominar a agricultura mundial, seja pela dominação da produção da semente, seja pela contaminação genética, não haverá país capaz de reverter a poluição genética, pois os genes não são como um simples mercúrio, chumbo, CFC, dioxina ou furano que se pode recolher do meio ambiente.

Não é possível recolher a poluição viva, caminhamos para um futuro mutante e desconhecido.

ABUSOS DA TRANSGENIA NO MUNDO

O agricultor Rodney Nelson, 53 anos, do estado americano de Dakota do Sul, plantou 30 hectares de soja transgênica em 1998 e 607 hectares em 1999. Ao colher, observou que a soja natural produziu 12% a mais que a transgênica. Além disso, gastou muito mais produtos químicos com a transgênica. Desistiu de plantar soja transgênica. Desde então ele nunca mais conseguiu produzir soja não transgênica sem contaminação, e diz que tem dificuldades em encontrar sementes puras. Rodney Nelson foi processado e obrigado a fazer um acordo confidencial com a Monsanto, por uso ilegal de genes patenteados.

O agricultor canadense Percy Schmeiser nunca plantou transgênicos em sua propriedade, mas a sua produção foi contaminada através de polinização das culturas vizinhas. Foi condenado a pagar pesadas indenizações, 716 mil dólares e seu último recurso juridico será julgado em 2004. O agricultor já gastou 214 mil dólares em honorários e gastos legais.

O canadense Nadége Adam explica: "As últimas duas decisões basicamente significam que o custo de contaminação com sementes transgênicas é para ser assumido pela vítima da contaminação e que a Monsanto, que causou a contaminação em primeiro lugar, tem o direito legal de se beneficiar disso".

A Associação Canadense de Mostarda está com problemas para exportar grãos de mostarda livre de contaminação transgênica originada da canola mutante. A canola modificada se mistura com a mostarda no campo.

Estudos conduzidos entre 1994 e 2000 por dois institutos do governo inglês, mostrou que genes da canola transgênica contaminaram os cultivos convencionais e cruzaram com ervas nativas.

Na Itália, segundo o Greenpeace International, a empresa Pioneer Seeds vendeu semente de milho contaminada com transgênicos. Contaminou mais de 100 propriedades. Os agricultores compraram a semente como sendo livre de transgênico. Frederica Ferrario do Greenpeace Itália declarou: -"Com tantos casos acontecendo, a pergunta que deve ser feita é se as contaminações são negligência grosseira ou uma estratégia das empresas que vendem transgênicos." Segundo a Gazeta Mercantil, de 11 de setembro de 2003, a Suprema Corte da União Européia (UE) manteve a proibição italiana aos alimentos geneticamente modificados produzidos pela Monsanto Co. e pela Syngenta AG, comprometendo possivelmente os planos da UE de levantar as restrições que estão sendo contestadas pelos Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Depois de uma batalha de 9 anos, o Escritório Europeu de Patentes (EPO) manteve a patente européia n° 301.749, concedida em março/94, que dá à multinacional Monsanto o monopólio exclusivo sobre todas as variedades de sementes transgênicas de soja, independentemente do processo de transgenia utilizado, segundo o AgbioIndia Bulletin de 29 de maio de 2003 (N.do E.: Esta informação mostra que a Monsanto distorceu a verdade em nota enviada ao jornalista Heródoto Barbeiro, da Rede Cultura de Televisão, e divulgada na noite desta quinta-feira, 24 de setembro, dizendo que ela não possui todo o mercado de soja transgênica. Pelo menos na Europa, agora possui).

Segundo o Valor Econômico , de 18 de junho de 2003, a Monsanto, no Brasil, fechou e atualizou acordos com a Embrapa, Fundação MT e COODETEC para introduzir o conjunto de genes patenteados RR em 45 variedades de soja, 20 da Embrapa, 19 da Monsoy (subsidiaria da Monsanto), 3 da Fudação MT e 3 da COODETEC. Isto representa 80% da semente oferecida no Brasil. Afirma o artigo que o custo da semente e patente genética ficaria entre US$ 49,83 a US$ 67,45 por hectare (10 mil metros quadrados). Importante entender que a empresa que produz a semente recebe o valor da semente, a dona da patente genética recebe royalties.

30/9/2003


[*] Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Brasil.

O original encontra-se em http://www.mst.org.br/campanha/transgenicos/meioamb33.htm .

Este artigo encontra-se em http://resistir.info .

http://resistir.info/brasil/governo_transgenico.html