sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Roda do Ano por Starhawk

Nascimento, crescimento, morte, renascimento; a roda que gira  é um círculo, assim como o ano é uma viagem circular que fazemos em volta do Sol.
Começo da escuridão do ano, quando há um hiato no tempo, um momento que o véu é tênue e aqueles que partiram antes de nós e aqueles que virão depois  de nós  não estão separados de nós. Nesse momento fértil, quando presente, passado e futuro se encontram, a criança do ano é concebida. O que é concebido  são as possibilidades, pois a criança não está ainda formada.
Dizemos que o céu noturno é o ventre da Deusa, pois ele é escuro como o útero que nos contém, e dentro dele bilhões de estrelas vivas  são pontos de luz, como os  espíritos  dos mortos nadando no caldeirão escuro do ventre, em direção ao renascimento. Dizemos que no Solstício de  Inverno a Grande Mãe  dá luz  o sol. Mas o que realmente nasce? Não o sol físico, a flamejante  bola de gás. É o espírito do sol que nasce do espírito da noite, é a criança da promessa que desperta dentro de nós, lembrando-nos que podemos ser mais do que somos. E, quando o ano cresce, a criança ainda não formada começa a criar uma personalidade, a crescer na forma e na configuração que o ano apresenta, a perguntar-nos pelas promessas que o ano exige.
o que existe em potencial começa a criar raízes, brotando, dando folhas e frutos. O espírito do sol penetra as sementes da primavera.Invoque a filha semeadora do sol, pois ela crescerá e amadurecerá e dará á luz a si própria. Invoque o filho semeador do sol, pois ele surgurá e e se derramará e cairá novamente. Ou invoque a semente a criança do Equilíbrio, pois nela todos os opostos se encontram. Escuridão e luz, fogo e água, terra e ar, dia e noite, são necessários para o seu crescimento.
Onde há equilíbrio, existem igualdade  e diferença e, destas, nasce o desejo. O desejo surge forte e firme como o pau-de-fita da festa da primavera, e o desejo rodopia, dança, em uma arco-íris de cores como fitas  balouçantes, e o desejo faísca e emite calor que oscila como as chamas do caldeirão. E, quando nos entregarmos às marés altas da vida, elas nos carregam na crista a onda; a criança  amadurece; o potencial se realiza; a semente brota e do seu tronco surgem frutos, que devem cair.
a Roda gira. Dizemos que o Solstício de Verão é o tempo da distribuição do Sol. Chame o  sol de  Nossa Mãe, pois Ela nos alimenta com seu próprio corpo. Chame o  Sol de deus que se entrega, pois ele se consome para gerar calor e luz. Invoque o tempo do Sol.
Aquilo que sobe deve cair para derramar sua semente. O que amadurece deve cair sobre a terra e apodrecer. Portanto, o Sol torna-se viajante, aquele que desce, aquele que conhece o outro lado e, dessa maneira nos conduz a um novo equilíbrio à época da colheita, quando, para vivermos, devemos nos transformar nos ceifeiros da vida. Chame a colheita de filho do sol, pelas sementes que se espalharam sobre a terra.
Desça junto como as sementes que penetram no chão. Entre no outro mundo, no mundo dos sonhos, o espírito do mundo. Chame o espírito do sol de seu navio e navegue os oceanos que  são imunes á luz do sol e da lua, libertos do tempo. Na distância, algo brilha,é um ponto de luz; é uma ilha solitária onde o presente, o passado e o futuro se encontram. Transporte consigo as cargas do passado até que você alcance o ponto principal da espiral, onde a morte e a vida  são uma só coisa, onde o que foi consumado pode ser renovado e todas as possibilidades  são apressadas para uma nova vida ao lado daquilo que já se foi. O Ciclo termina e  começa novamente e a Roda do Ano gira, continuamente.







A Roda do Ano Celta

A Roda do Ano Celta


A concepção de tempo dos pagãos (O termo pagão significa: povo dos bosques), principalmente a dos Celtas era um tanto quanto diferente da atual. O tempo era para eles, não linear, mas circular, cíclico; há também o calendário, que era para eles lunar, enquanto que o nosso é um calendário solar.

Originários da tradição celta, os sabbaths ocorrem oito vezes ao ano, ou seja, duas vezes a cada estação. Nessas ocasiões, são homenageadas duas divindades: a Grande Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, e o Deus Cornífero, O Gamo Rei, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem.

Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos para mais um dia. O povo Celta, assim como outros povos de origem pagã, celebram o começo dos dias através do anoitecer.

Cada anoitecer nos faz lembrar que a Deusa, com sua magia e seus mistérios, reinará através da Lua, das emoções, e das intuições, mostrando-nos que enquanto os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o semear de um novo dia.

O Deus, que também descansa durante a escuridão, se prepara para um novo nascer, para um novo brilhar, para um novo amanhecer.

Esse acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer fazem do dia e da noite momentos muito preciosos e de intensa comunhão entre o masculino e feminino. É preciso que as duas polaridades estejam em perfeita sintonia para que a Natureza possa se manter equilibrada. Da mesma maneira, como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada, homens e mulheres precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir em momentos de intensa união e perfeição.

Esses momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o nascer do sol e a metade do dia, se tornam de extrema importância para magias. Da mesma forma, os momentos entre cada um desses pontos também se tornam importantes. Em um suposto tempo linear: os quatro momentos principais seriam: 6h, meia noite, 6h e meio dia; e os secundários: 9h, 3h, 9h, e 3h.

Sabendo que o universo é perfeito e que tudo que há no macrocosmos tem seu correspondente no microcosmos, muitas vezes é preciso entender o micro para alcançarmos e sentirmos a importância do macro. Para muitas pessoas fica mais fácil compreender o universo através de pequenos momentos do dia-a-dia para se ter uma real noção da extensão dos grandes momentos.

Como podemos ver existem quatro momentos do dia (24h) que são pontos vitais, e há quatro pontos secundários que são pontos de equilíbrio. No processo de imagem refletida para imagem projetada, temos no ano (365 dias) quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto, sétimo e décimo meses – dias que caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro elementos. Temos, também, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Assim nossa roda do ano esta formada e em eterna harmonia com o universo.

Esta era a maneira de pensar e agir dos Celtas, que tinham seu calendário baseado nesses oito momentos do ano, quando reuniam-se em clareiras e templos para festejar ritualisticamente essas oito datas. A cada uma delas deu-se um nome:

Sabbat Oito datas Festivas Data - Norte Data - Sul
Samhain Fim e Início de um Novo Ano 31 de Outubro 30 de Abril
Yule Solstício de Inverno 21 de Dezembro 21 de Junho
Imbolc Festa do Fogo (Luz, Sol) – Noite de Brigit 1º de Fevereiro 1º de Agosto
Equinócio de Primavera Ostara ou Spring – Festa da Fertilidade 21 de Março 21 de Setembro
Beltane A Fogueira de Belenos - Beltane 1º de Maio 1º de Novembro
Midsummer Solstício de Verão 21 de Junho 21 de Dezembro
Lughnasadh Festa da Colheita 1º de Agosto 1º de Fevereiro
Mabon Equinócio de Outono 21 de Setembro 21 de Março

A Roda do Ano Celtahttp://www.misteriosantigos.com/rodadoano.htm

Um futuro mutante e desconhecido

O governo transgênico do Brasil:
Modificado geneticamente para favorecer o latifúndio e o imperialismo


Um futuro mutante e desconhecido

por MST [*]

A transnacional Monsanto quer o controle da agricultura mundial. O Palácio do Planalto decidiu, ilegal e inconstitucionalmente, liberar plantações transgênicas no Brasil. O vice-presidente, que assinou o que o mandaram que ele assinasse, ficará com o ônus político de ter cumprido uma ordem do "representante" das associações de agricultores do sul, devidamente trabalhada pela Monsanto com o apoio das mentiras, já explicadas pelo Relatório Alfa, de um grupo da Embrapa.

O governo consegue assim afrontar o Judiciário, a Ciência e milhões de consumidores/eleitores, com o apoio de defensores dos transgênicos,"conquistados" pelo lobby.

Aqueles que garantem que nenhum transgênico causa mal, apenas repetem os "releases" da Monsanto. O relatório apóia abertamente as pesquisas com transgênicos porque serão importantes no futuro. Mas precisamos de testes que garantam sua segurança, o que não existe hoje. E ainda temos que assistir supostos "defensores dos agricultores" na televisão, mentindo escandalosamente, como os líderes sindicais pelegos que gritam a defesa do sindicato em cima de uma kombi velha, mas têm contas milionárias e ótimos depósitos feitos pelas empresas que os controlam.

Ninguém no Brasil tem que respeitar ou aceitar esta mostra de incompetência científica, ilegalidade e abuso de poder do Palácio do Planalto, pois a justiça (se é quem tem alguma força em nossa Democracia) já decidiu que o plantio de transgênicos — sem estudo de impacto ambiental — está proibido, gostem ou não aqueles que detém mais poder no Brasil: José Dirceu, a tropa de choque Monsanto-Embrapa ou o presidente Lula. Nesta ordem.

Agora vamos saber se apenas programas de auditório são punidos quando quebram a lei.

Uma recente notícia veiculada pela agência Reuters, em 8 de agosto de 2003, é mais uma prova do gigantesco perigo que será a liberação dos transgênicos no Brasil.

Agricultores e vendedores de sementes dos Estados Unidos ficaram muito irritados com o recente aumento no preço da patente genética das sementes de milho e soja transgênico.

Teoricamente, bastaria os agricultores não comprarem a semente patenteada, buscando no mercado a semente de plantas naturais. Mas não é tão simples assim. O comércio de sementes é dominado por algumas poucas empresas, a prática do oligopólio reduziu a oferta de semente não transgênica, não existe semente para suprir a demanda dos agricultores americanos por semente natural.

Quando surgiram os primeiros indícios de que haveria problemas graves com a comercialização dos transgênicos, vários produtores norte-americanos tentaram abandonar os transgênicos. Não encontraram semente natural no mercado ou sofreram pesadamente com as acusações violação de patentes.

O AGRICULTOR PAGA O PREÇO DA SEMENTE
E OUTRO VALOR PELA PATENTE GENÉTICA.


Muitos agricultores idealistas estão esperando as sementes transgênicas nacionais. Dizem: -"queremos a nossa soja, transformada pela Embrapa, com tecnologia brasileira, e por favor parem de atrapalhar a pesquisa."

Mas qual é a tecnologia nacional? Os genes patenteados de uma empresa norte-americana inseridos nas variedades de soja da Embrapa? Usar semente desenvolvida pelo governo brasileiro e pagar patente para uma empresa estrangeira? O contrato comercial entre a Monsanto e a Embrapa contém trechos confidenciais e determina que a Monsanto usufruirá das patentes advindas das variedades brasileiras, do banco de sementes da Embrapa, que sofrerem modificações com genes patenteados pela empresa multinacional.

Podemos imaginar uma situação futura em que a agricultura brasileira esteja dominada pela soja e milho transgênico. Praticamente uma única empresa norte-americana dominará todo o mercado de semente e o agricultor ficará totalmente impossibilitado de produzir sua própria semente, pois seria impossivel fugir da polinização das culturas mutantes vizinhas.

Para destruir a competitividade da agricultura brasileira não será necessário, neste cenário de dominação tecnológica, pressões internacionais, processos na Organização Mundial do Comércio, bioterrorismo ou táticas elaboradas. Basta aumentar o valor da taxa de patente genética cobrada nas sementes.

Podemos observar que uma aumento de 2% na taxa cobrada da semente de milho transgênico e de 10% na taxa cobrada da soja trasgênica já causou um desconforto e muita irritação entre os agricultores norte-americanos, que recebem pesadas ajudas e subsídios agrícolas. Imaginem o agricultor brasileiro ser surpreendido em um futuro ano agrícola com um aumento de 50%, 60% ou até mesmo 100% do valor da taxa de patente genética da semente que sempre plantou.

Qual sua opção? Plantar e arriscar uma baixa lucratividade ou prejuizo, não plantar nada, plantar mandioca, inhame e cará (se até lá não sofrer modificação genética patenteada).

Poderá ser a pauta de uma reunião futura de lideres mundiais: "Reduzir a taxa da patente genética na Índia, EUA, Filipinas e Nepal, aumentar em 50% o valor da taxa na Argentina, Coréia do Norte e Bolivia, aumentar em 80% o valor da taxa para o Brasil, Egito e Itália...". Talvez uma negociação da Alca: "Diminuimos o valor da taxa de patente genética em troca da privatização de uma usina hidroelétrica..."

A patente genética, dominada por poucas nações é um método mirabolante de controlar a agricultura mundial, ditando quem pode ter lucros e quem deve ficar com os prejuizos, controlar a área plantada e em quais países. Uma ditadura genética sem retorno. Depois de dominar a agricultura mundial, seja pela dominação da produção da semente, seja pela contaminação genética, não haverá país capaz de reverter a poluição genética, pois os genes não são como um simples mercúrio, chumbo, CFC, dioxina ou furano que se pode recolher do meio ambiente.

Não é possível recolher a poluição viva, caminhamos para um futuro mutante e desconhecido.

ABUSOS DA TRANSGENIA NO MUNDO

O agricultor Rodney Nelson, 53 anos, do estado americano de Dakota do Sul, plantou 30 hectares de soja transgênica em 1998 e 607 hectares em 1999. Ao colher, observou que a soja natural produziu 12% a mais que a transgênica. Além disso, gastou muito mais produtos químicos com a transgênica. Desistiu de plantar soja transgênica. Desde então ele nunca mais conseguiu produzir soja não transgênica sem contaminação, e diz que tem dificuldades em encontrar sementes puras. Rodney Nelson foi processado e obrigado a fazer um acordo confidencial com a Monsanto, por uso ilegal de genes patenteados.

O agricultor canadense Percy Schmeiser nunca plantou transgênicos em sua propriedade, mas a sua produção foi contaminada através de polinização das culturas vizinhas. Foi condenado a pagar pesadas indenizações, 716 mil dólares e seu último recurso juridico será julgado em 2004. O agricultor já gastou 214 mil dólares em honorários e gastos legais.

O canadense Nadége Adam explica: "As últimas duas decisões basicamente significam que o custo de contaminação com sementes transgênicas é para ser assumido pela vítima da contaminação e que a Monsanto, que causou a contaminação em primeiro lugar, tem o direito legal de se beneficiar disso".

A Associação Canadense de Mostarda está com problemas para exportar grãos de mostarda livre de contaminação transgênica originada da canola mutante. A canola modificada se mistura com a mostarda no campo.

Estudos conduzidos entre 1994 e 2000 por dois institutos do governo inglês, mostrou que genes da canola transgênica contaminaram os cultivos convencionais e cruzaram com ervas nativas.

Na Itália, segundo o Greenpeace International, a empresa Pioneer Seeds vendeu semente de milho contaminada com transgênicos. Contaminou mais de 100 propriedades. Os agricultores compraram a semente como sendo livre de transgênico. Frederica Ferrario do Greenpeace Itália declarou: -"Com tantos casos acontecendo, a pergunta que deve ser feita é se as contaminações são negligência grosseira ou uma estratégia das empresas que vendem transgênicos." Segundo a Gazeta Mercantil, de 11 de setembro de 2003, a Suprema Corte da União Européia (UE) manteve a proibição italiana aos alimentos geneticamente modificados produzidos pela Monsanto Co. e pela Syngenta AG, comprometendo possivelmente os planos da UE de levantar as restrições que estão sendo contestadas pelos Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Depois de uma batalha de 9 anos, o Escritório Europeu de Patentes (EPO) manteve a patente européia n° 301.749, concedida em março/94, que dá à multinacional Monsanto o monopólio exclusivo sobre todas as variedades de sementes transgênicas de soja, independentemente do processo de transgenia utilizado, segundo o AgbioIndia Bulletin de 29 de maio de 2003 (N.do E.: Esta informação mostra que a Monsanto distorceu a verdade em nota enviada ao jornalista Heródoto Barbeiro, da Rede Cultura de Televisão, e divulgada na noite desta quinta-feira, 24 de setembro, dizendo que ela não possui todo o mercado de soja transgênica. Pelo menos na Europa, agora possui).

Segundo o Valor Econômico , de 18 de junho de 2003, a Monsanto, no Brasil, fechou e atualizou acordos com a Embrapa, Fundação MT e COODETEC para introduzir o conjunto de genes patenteados RR em 45 variedades de soja, 20 da Embrapa, 19 da Monsoy (subsidiaria da Monsanto), 3 da Fudação MT e 3 da COODETEC. Isto representa 80% da semente oferecida no Brasil. Afirma o artigo que o custo da semente e patente genética ficaria entre US$ 49,83 a US$ 67,45 por hectare (10 mil metros quadrados). Importante entender que a empresa que produz a semente recebe o valor da semente, a dona da patente genética recebe royalties.

30/9/2003


[*] Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Brasil.

O original encontra-se em http://www.mst.org.br/campanha/transgenicos/meioamb33.htm .

Este artigo encontra-se em http://resistir.info .

http://resistir.info/brasil/governo_transgenico.html

Os 7 pecados capitais dos transgênicos

Conheça os principais problemas dessa tecnologia que coloca em xeque a biodiversidade do planeta, provoca inúmeros problemas na agricultura mundial e afronta diretamente o Princípio da Precaução, da ONU.

1. Contaminação genética

Agricultores que queiram se dedicar ao cultivo convencional ou orgânico já sabem: se tiver alguma plantação transgênica nas redondezas, a contaminação é garantida e a missão, impossível. Tem sido assim nos Estados Unidos, onde tudo começou, na Europa, Argentina e sul do Brasil. Com a contaminação, agricultores têm prejuízos ao perderem o direito de vender suas safras como convencionais e/ou orgânicas.

Confira aqui entrevistas com agricultores espanhóis sobre alguns casos ocorridos em seu país.

O Greenpeace tem publicado anualmente um Registro sobre Contaminação Transgênica sobre os muitos casos verificados em todo o mundo - confira aqui a última edição.

2. Ameaça à biodiversidade

A contaminação genética pode ter também um efeito devastador na biodiversidade do planeta. Ao liberar organismos geneticamente modificados na natureza, colocamos em risco variedades nativas de sementes que vêm sendo cultivadas há milênios pela humanidade. Além disso, os transgênicos podem afetar diretamente seres vivos que habitam o entorno das plantações, conforme indicam estudos científicos - como no caso das borboletas monarcas, que são insetos não-alvo da planta transgênica inseticida, mas são também atingidas.

Ver aqui e aqui (arquivos em pdf para baixar).


3. Dependência dos agricultores

A empresa de biotecnologia Monsanto é hoje a maior produtora de sementes do mundo, convencionais e transgênicas. Além disso, é também uma das maiores fabricantes de herbicidas do planeta, com destaque para o Roundup, muito usado em plantações de soja geneticamente modificada no sul do Brasil. Com essa venda casada - semente transgênica mais o herbicida ao qual a planta é resistente -, os agricultores ficam presos num ciclo vicioso, totalmente dependentes de poucas empresas e das políticas de preços adotadas por elas. Ver aqui.

Outro grande problema verificado nos países que têm adotados os transgênicos - principalmente os Estados Unidos e Argentina -, é a draconiana propriedade intelectual exercida pelas empresas sobre as sementes transgênicas. O agricultor é proibido de guardar sementes de um ano para o outro, podendo sofrer pesados processos caso faça isso, e ainda corre o risco de ser processado de qualquer maneira caso a sua plantação sofra contaminação genética de uma outra transgênica - e ele não tiver como provar isso.

4. Baixa produtividade

Os argumentos de quem defende os transgênicos como solução para a crise alimentar que vivemos vêm caindo por terra dia após dia. Os transgênicos já se mostraram pouco competitivos economicamente e recentes estudos promovidos por universidades americanas comprovaram que variedades transgênicas são até 15% menos produtivas do que as convencionais. Confrontadas com os resultados das pesquisas, empresas de biotecnologia admitiram que seus transgênicos não foram criados para serem mais produtivos, mas sim para serem resistentes aos agrotóxicos fabricados por essas mesmas empresas.

Num primeiro momento, os transgênicos podem até ser mais produtivos do que os cultivos convencionais ou orgânicos/ecológicos, mas no médio e longo prazos, o que se tem verificado é uma redução na produção e um aumento significativo nos preços dos insumos como o glifosato, principal herbicida usado em plantações transgênicas.

5. Desrespeito ao consumidor (rotulagem)

O Brasil tem uma lei de rotulagem em vigor desde 2004, que obriga os fabricantes de alimentos a rotular as embalagens de todo produto que usam 1% ou mais de matéria-prima transgênica. No entanto, apenas duas empresas de óleo de soja rotulam algumas de suas marcas do produto - e mesmo assim só depois de terem sido acionadas judicionalmente pelo Ministério Público. Há milhares de produtos nas prateleiras dos supermercados brasileiros que chegam à mesa das pessoas sem a devida informação sobre o uso de substâncias geneticamente modificadas, numa afronta direta à lei e num claro desrespeito ao consumidor.

O Greenpeace publica, desde 2002, o Guia do Consumidor com uma lista verde de produtos que não usam transgênicos em sua fabricação e outra lista, vermelha, com produtos que podem conter organismos geneticamente modificados em sua composição.

6. Uso excessivo de herbicida

O caso da Argentina é emblemático: depois que os transgênicos começaram a serem plantados em suas terras, o consumo de herbicida explodiu no país, que passou a ser um dos que mais usam produtos químicos em plantações no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A explicação é simples: como os transgênicos são resistentes a um tipo específico de herbicida, o agricultor usa cada vez mais dele para proteger sua plantação de pragas. Com o tempo, no entanto, esse uso excessivo provoca problemas no solo, nos trabalhadores e promove o surgimento de pragas resistentes ao herbicida (arquivo em pdf para baixar), exigindo mais e mais aplicações.

7. Ameaça à saúde humana


Não existem estudos científicos que comprovem a segurança dos transgênicos para a saúde humana. Apesar de exigidos por governos de todo o mundo, as empresas de biotecnologia nunca conseguiram apresentar relatórios nesse sentido - e ainda assim, seus produtos são aprovados. Por outro lado, alguns estudos independentes indicaram problemas sérios, como alterações de órgãos internos (rins e fígado) de cobaias alimentadas com milho transgênico MON863 da Monsanto.

E ainda há o risco do uso excessivo do glusofinato, componente ativo da variedade transgênica Liberty Link, da Bayer, presente tanto no milho como no arroz geneticamente modificado produzido pela empresa. Problemas como esses levaram alguns países, como a Áustria, a proibírem a importação e comercialização desses produtos.

No Brasil, infelizmente, não existe o mesmo cuidado. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), responsável pela aprovação de transgênicos no país, vem dando sinal verde para variedades que enfrentam grande resistência em outros países, como no caso do milho MON810, da Monsanto, proibido na Europa e liberado no Brasil.

http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos/os-sete-pecados-capitais-dos-t

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Os Celtas


 

 

 

Os Celtas

A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.

A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores.

Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra. E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.

A Cultura Hallstatt foi a primeira das várias culturas existentes na Idade do Bronze. As regiões ocidentais desta cultura entre a França e a Alemanha do Este, já falavam a língua Celta. Por volta do ano 600 a.C., o grafólogo Grego Herodotus escreve sobre os Celtas colocando-os para além dos “Pilares de Hércules” (isto é, Espanha) e acima do Danúbio. O nome "Celta" surgiu da tribo dominante dos Halstatt, e tornou-se um conceito unificador para toda a cultura.

Segundo historiadores, a terra de origem dos Celtas era uma região da Áustria, perto do sul da Alemanha. Dali, os Celtas expandiram-se pela maior parte da Europa Continental e Britania. Na sua expansão os Celtas abrangeram áreas que vão desde a Espanha à Turquia.

Tomando posse de quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes: a Central (teuts-land, q.s. terra de teut), a Ocidental (hôl-lan ou ghôl-lan, q.s. terra baixa) e a Oriental (pôl-land, q.s. terra alta); tudo o que estava a Norte dessas regiões denominavam de dâhn-mark (q.s. o limite das almas), que ía do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Don que os antigos franceses chamavam de Tanais e que era baliza para a ross-land (q.s. terra do cavalo = rússia).

Ainda em relação a este assunto, que obviamente liga os povos célticos, está a palavra ask, de onde a denominação geral asktan dada a vários povos (os mais interessados no assunto devem procurar a velha Gramática da Língua D'Oc); ora, entendia-se por Trasks os Asks orientais, por Tosks os Asks meridionais e por Vasks os Asks ocidentais - daí, toscanos, estruscos, vascos...

Os Celtas dominaram a Europa Central e Ocidental por milhares de anos. Mas só mais recentemente os Celtas influenciaram a Europa no seu desenvolvimento, a nível cultural, lingüístico e artístico. Os Celtas com grupo e raça, há muito que desapareceram, exceto na Irlanda e nas Terras Altas da Escócia.

Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, as culturas druídica e celta foram alvos de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito delas embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas e celtas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.

A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com freqüência as armaduras de batalha, indo para o combate de corpo nu. Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.

Os Celtas transmitiram a sua cultura oralmente, nunca escrevendo a sua história ou os seus fatos. Isto explica a extrema falta de conhecimento quanto aos seus contatos com as civilizações clássicas de Grécia e Roma. Os Celtas eram na generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião, filosofia, geografia e astronomia.

Relativamente ao nome BRASIL...Este não se encontra nas línguas nativas, mas há vestígios da passagem dos fenícios pelas costas equatoriais e, também, pelas do Brasil. Na antiga Língua céltica "braazi" queria dizer "terra grande" segundo escritos do estudioso Sérgio Trombelli...

Por outro lado, sabemos que uma Insulla Brazil já existia em antigos mapas bem antes da viagem cabralina - mapas como os de Bartolomeu de Pareto (1455) e de Pero Vaz de Bisagudo (segundo Carta enviada pelo Mestre João a el-rei D. Manuel logo após o "descobrimento" oficial a tal Insulla Brazil...

É possível que, em breve, os modernos instrumentos da Arqueologia possam, também, trazer até nós outros vestígios.

E que influência tiveram os Celtas na Literatura européia que tanta força emprestou ao pré-Cristianismo? As literaturas no gaélico, no galês ou no bretão, exerceram influência através da Poesia Pastorial e dos Romances de Cavalaria (a saga do Rei Arthur e a busca do Santo Graal), das Ciências Herméticas ou Ocultas, da Adivinhação e da Cultura Rúnica, até a formação ideológica das elites em Ordens de Cavalaria e Confrarias (do tipo Rosacruzes e Maçonaria).

Chamo a atenção para o fato de vários estudiosos que põem o kardecismo (de Kardec, antigo poeta esotérico celta) como um sistema filosófico-espiritual do eixo telúrico-cósmico desenvolvido na essência mística dos Celtas; aliás, Kardec (Allan Kardec) é pseudônimo do estudioso francês Léon Rivail (1804-1869) que continuou a doutrina céltica no que à transmigração das almas e dos Espíritos diz respeito.

E, antes dele, já os essênios, os nazarenos e outras seitas judeo-palestinas o haviam feito. Importante ainda é o fato de se poder ligar o desenvolvimento da Música e da Poesia aos cultos da Voluspa: mesmo rudimentar, o Oráculo passou a ser lido/interpretado em voz ritmada e em versos rimados. Foi grande a importância dessa Civilização antiga na formação do ser-português, na Língua Lusa que a saga marítima de 1500 levou ao mundo, legou a africanos e criou o tupi-afro-brasileiro, mesmo que à custa da destruição dos nativos pelo catecismo jesuítico e pelos ferozes salteos e bandeiras...

Os povos Celtas, em cinco grupos, entraram na velha província romana, chamada Lusitânia, pelo Algarve (os cinetes), entre os rios Sado e Tejo (os sempsos), entre a Estremadura e o Cabo Carvoeiro (os sepes), pelo centro (os pernix lucis) e pelo norte (os draganes). Sim, nem a Roma imperial conseguiu vencê-los na Grã-Bretanha. Foi grande a contribuição dos povos Celtas para a Cultura Portuguesa.

Inglaterra, Escócia e Irlanda

O nome Bretanha deriva do Céltico. O autor Grego Pytheas chamava-lhes as “Ilhas Pretanic” o que tem origem no nome que os habitantes da ilha tinham e se chamavam a eles próprios, Pritani. Isto e muito mais, foi mal traduzido para o latim o que deu Brittania ou Britanni. Os Celtas migraram para a Irlanda vindos da Europa, conquistando assim, os seus habitantes originais.

A Origem Celta ao que se consegue datar até o ano de 1200 AEC situa-se na Europa Central, embora parte da mais numerosa vaga de invasão indo-européia. Durante os 600 anos seguintes, os celtas chegaram a Portugal, Espanha, França, Suíça, Grã-Bretanha e Irlanda, e também tão longe como a Grécia e a Galácia. No continente foram vencidos pelos Romanos, continuando, portanto a manter traços fundamentais da sua cultura, mas nas Ilhas Britânicas a invasão romana parou na Muralha de Adriano, mantendo os Celtas, em especial na Irlanda, toda a sua autonomia e herança cultural. Pois, é na Irlanda e no País de Gales que ainda hoje podemos ir em busca do pensamento e da antiga religião de nossos antepassados Celtas e Druidas.

Muitas das informações que até hoje obtivemos vem de escritores romanos como Estrabão e César, que apesar de não serem fontes isentas nos transmitem algum conhecimento acerca da sociedade céltica.

Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo "sagrado" pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado sagrado e mais ainda os exercícios de alguns rituais rústicos com os participantes despidos foram motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez. O catolicismo fez todo o empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.

Para a Cultura Celta o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um havia uma grande cerimônia:

Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro, é associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;

Beltane - celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa "brilho do fogo". Esta cerimônia, muito bonita, é marcada por milhares de fogueiras;

Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;

Samhain - a mais importante das cerimônias, celebrada em 1 de novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Hallowen.

Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.

Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo as obras praticadas.

Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.

A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes.

O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza e quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, segundo pesquisadores, a tradição céltica relata que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (“Taça usada por Jesus na Última Ceia”).

A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.

Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias, reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.

Enquanto em algumas cerimônias célticas os participantes a faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força. Por não usarem roupas em algumas cerimônias e por desenvolverem rituais ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na realidade tratava-se de rituais sagrados à Deusa Mãe.

Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.

A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza, tanto que para Igreja Católica, “seu” Deus é uma figura masculina.

Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da Mulher". Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.

Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais freqüentemente através das mulheres.

Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo à influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais. Daí a perseguição cultural à figura da Mulher tornada maldita pelo Homem (movimento do qual veio a surgir um novo povo: os Fenícios).

Por isto, e por outros “motivos” católicos, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres.

Existiam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos. Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza.

Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado sagrado da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias sagradas.
Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.

Eis-nos retornando à essência feminina... Como surgiu a Voluspa? Sabemos que foi através da Mulher que os povos Celtas se organizaram. Algumas mulheres, sentindo em si-mesmas o Espírito dos seus Ancestrais e dos Deuses divulgaram essa Mensagem tornando-se Voluspas. Leitora do Oráculo e seu eco místico, a Mulher tornou-se legisladora e, com isso, poderosa: a voz da Voluspa era a voz Divina que vinha do ventre da Terra e ecoava por todo o sistema cósmico.

Verifica-se que a Cultura céltica adotou, no seu sistema esotérico-religioso, a via matriarcal. Isso passou, aos poucos, para a vida social. O que ainda é, hoje, visível em determinadas regiões onde esse sistema foi implantado antes do Segundo Milênio AC, como no centro e norte de Portugal (onde se formaram os celtiberos), no norte da Espanha, na Gália, nas Ilhas Britânicas (particularmente na Irlanda e na Ilha de Man), no Alto Danúbio (Boêmia e Baviera), i.e., o patriarcado ficou responsável pelos assuntos da Guerra enquanto o matriarcado pelos assuntos do Espírito, do Social e do Legislativo, que o mesmo é dizer: da Cultura.

Forte, o Oráculo da Voluspa era Lei geral. Enfim, a Mulher tornava-se Ser Humano gerando Civilização... E até formou uma fantástica corte guerreira, na Ásia, em meio à outra dissidência: um povo de mulheres que decidiu caminhar com suas próprias leis - as Amazonas. Na concepção d'olivetiana, a palavra compõe-se do radical mâs, conservado ainda no latim puro e reconhecível no francês antigo masle, no italiano maschio e no irlandês moth; esse radical, unido à negativa ohne forma a palavra mâs-ohne à qual se ligou o artigo fenício ha; a palavra ha-mâs-ohne significa as-que-não-têm-macho.

Ora, nesta estrutura encontramos a origem céltica e a moradia asiática. Até meados de 1997 falar d'as amazonas era falar, quase sempre, de uma lenda, apesar da extraordinária contribuição dos estudos d'olivetianos sobre esse povo. Em 1997 foram descobertas as tumbas, no Caucaso, onde muitas dessas guerreiras foram enterradas...A pesquisa arqueológica - neste caso como no caso d'os manuscritos do mar morto - é a principal arma da História contra a estupidificante estória oficial...! Foi feita homenagem a D'Olivet.

Os celtas entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam bem como se utilizarem meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.

O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires como Stonehenge (veja link).

Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia. As construções megalíticas eram condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam "shunts" nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.

Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais sagradas.

A realização das cerimônias celtas não se prendia somente ao lugar, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas. Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.

Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à "Mãe Terra".

Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.

É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados. Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às energias que fluem na terra. Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico, segundo José Laércio do Egito.

Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples. A geomância atual já era sobejamente conhecida dos Celtas que, por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, (os Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos, segundo alguns pesquisadores), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.



http://www.misteriosantigos.com/celtas.htm

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Filhos das Estrelas

Filhos das Estrelas

Salve Filhos das Estrelas Brilhantes,
Vindos nas asas de Erin, pelas bênçãos de Dannan!
Mestres da magia, ouçam o nosso chamado,
Mostre-nos a pedra do destino, a Lia Fáil
Pela espada de Nuada, seja a justiça equilibrada
Nas verdades da Deusa e do Deus.
E que a lança de Lugh, o Brilhante,
Nos dê a vitória sobre o orgulho desmedido.
Que o caldeirão da transformação do Grande Dagda,
Possa nos renovar todos os dias,
Abençoando-nos com sua fartura e bem-aventurança.
Pela triqueta sagrada, se apresentem hábeis filhos,
Os Tuatha De Danann, pelo código de honra ao teu povo!
Tanto nos montes e nas florestas abaixo da terra,
Assim como, toda a terra acima de toda a terra.
Se façam presentes em nós, para que vossa sabedoria,
Possa nos levar adiante no propósito maior,
No principio da tua mais perfeita criação,
Em benefício de toda a humanidade.
Que a luz brilhe na escuridão e o amor guie os corações,
Na esperança do amanhecer, a eterna promessa.
Dos Filhos das Estrelas Brilhantes!

Rowena Arnehoy Seneween ®



http://www.templodeavalon.com/modules/mastop_publish/?tac=Poesias_Pag%E3s

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Âmbar: fascinante testemunho do passado

O que é o âmbar, afinal?

O âmbar, desde a Antigüidade, encantou e continua encantando as pessoas. Por que motivo uma resina fossilizada de árvores antigas tem tanto charme e exerce tanta atração sobre nós?

As árvores que produziram o âmbar viveram há milhões de anos: nas zonas temperadas, principalmente os pinheiros; e nas regiões tropicais, várias espécies de leguminosas.  As resinas que essas árvores produziam funcionavam como proteção contra as bactérias e contra os insetos que furavam sua madeira. Com o passar do tempo, essa resina foi perdendo água e ar, e as substâncias orgânicas que a constituíam sofreram o que os químicos chamam de polimerização: a resina endureceu e se transformou naquilo que conhecemos como âmbar.

O âmbar ontem e hoje

Desde os tempos antigos, o âmbar foi muito utilizado para a fabricação de jóias e de estatuetas. Acreditava-se, também, que ele tinha propriedades medicinais especiais; assim, misturava-se  mel a âmbar em pó para curar a asma, a gota e até a peste negra! O âmbar também agia, pensava-se, contra as forças do Mal: esferas de âmbar sempre foram usadas como rosários e amuletos; a resina podia também ser queimada com outros produtos, como o incenso e a mirra, para afugentar os maus espíritos. Conta-se ainda que os marinheiros, no passado, queimavam âmbar nos seus navios, como proteção contra serpentes marinhas e outros monstros das profundezas do mar!

Até hoje, o âmbar continua fascinando pessoas de todas as categorias. Enquanto artistas e joalheiros se sentem atraídos pela sua beleza, geólogos e paleontólogos o consideram um importante registro da vida pré-histórica. Isso porque, em algumas peças dessa resina, estão preservados insetos, lagartos, folhas e flores que ficaram nela aprisionados há milhões de anos, conservando detalhes minuciosos de sua estrutura e parte de sua composição química. Os arqueólogos, por sua vez, se interessam pelas antigas rotas de comércio do âmbar, enquanto os químicos investigam sua composição. Para os biólogos, organismos preservados em âmbar são um prato cheio: enquanto botânicos e zoólogos estudam os organismos nele aprisionados, geneticistas recuperam fragmentos de seu DNA, analisando-os e reconstituindo pequenas partes da história da vida. Essa última façanha, aliás, foi  popularizada de forma fantasiosa pelo filme Parque dos Dinossauros, em que cientistas extraem DNA de sangue de dinossauro, encontrado no estômago de um mosquito. Este DNA, em seguida, é utilizado para reviver dinossauros! Ficção científica à parte, a importância real do âmbar para a ciência é muito grande.

Propriedades

Quando o âmbar é esfregado com um pano, ele se torna eletrificado, podendo atrair pedaços de papel. A propósito, o nome grego para o âmbar é elektron, que originou a palavra eletricidade. Não é um bom condutor de calor e parece quente ao toque, ao contrário dos minerais, que dão uma sensação de frio. Dependendo do tipo de árvore de que provém, a composição química do âmbar varia muito.  As cores também são bastante diversificadas: há âmbar com vários tons de amarelo, laranja, vermelho; ele pode ainda ser branco, marrom, e até verde e azul. As cores do arco-íris que às vezes se percebem no interior do âmbar são causadas por bolhas de ar nele aprisionadas. Algumas vezes, ainda, o âmbar, geralmente o de cor azul ou amarela, tem a propriedade de fluorescer.

De onde vem o âmbar?

A região do Mar Báltico tem sido, desde a pré-história, a principal fonte de âmbar. Embora não se saiba ao certo quando essa resina foi usada pela primeira vez, ela foi relacionada às populações da Idade da Pedra. Foi encontrado âmbar de origem báltica em túmulos egípcios de 3200 a. C. Sabe-se ainda,  por exemplo, que a rota comercial dessa substância foi dominada pelos vikings dos anos 800 até 1000 de nossa era; a Escandinávia, aliás, continua a ser um dos maiores exportadores de âmbar. Na atualidade, no entanto, a República Dominicana tornou-se uma rica fonte da resina fossilizada, vindo em importância logo depois da área do Báltico. Além disso, o âmbar da República Dominicana tem um registro fóssil mais abundante: mais ou menos uma peça em cem tem alguma inclusão interessante, contra apenas uma peça em mil para o âmbar que vem do Báltico.

Fósseis capturados

Conhecem-se mais de 1000 espécies de insetos, aracnídeos e crustáceos aprisionados dentro do âmbar. Quase 54% desses são moscas; encontram-se também formigas, abelhas (como a da figura), besouros, borboletas, cupins, aranhas, vespas, escorpiões, baratas, grilos e outros. O registro vegetal também é notável: há pedaços de samambaias, de musgos, de gimnospermas (como o cipreste e o pinheiro), e de angiospermas de várias espécies, como palmeiras e plantas herbáceas. Acham-se ainda marcas de folhas com suas nervuras detalhadas, e também pêlos de mamíferos e dentes molares.

Em 1997, foi anunciada a descoberta das primeiras flores conhecidas preservadas no âmbar, que parecem ter 65 milhões de anos. Foi também descoberto o mosquito mais velho do mundo, o ancestral dos trilhões de mosquitos sugadores de sangue.

Ressuscitar vidas passadas?

Em maio de 1995, o microbiologista Raul Cano anunciou ter conseguido reviver bactérias encontradas no âmbar, a partir de esporos obtidos do abdômen de uma abelha aprisionada na resina, entre 25 e 40 milhões de anos atrás.  O microrganismo, aparentemente, é geneticamente semelhante a uma bactéria moderna,  chamada Bacillus sphaericus, que tem a capacidade, em tempos bicudos para sua sobrevivência, de parar de se mover, se alimentar ou se reproduzir. Há, no entanto, algum ceticismo nos meios científicos a respeito dessa descoberta: pensa-se que dificilmente um esporo de bactéria poderia ter se conservado num estado de vida suspensa durante tanto tempo. Provavelmente, dizem esses críticos, a bactéria provém de contaminação dos instrumentos de laboratório. De qualquer modo, se for confirmada a descoberta, Cano terá sido o primeiro a conseguir uma ressurreição de um ser vivo do passado, o que seria um tento gigantesco na compreensão de alguns mistérios da evolução.

Âmbar genuíno e âmbar falsificado

A maioria dos insetos encontrados em pedaços de âmbar são de espécies que se extinguiram no passado. Às vezes, espécies atuais de insetos  podem estar no âmbar; de uma maneira geral, porém, trata-se de uma falsificação: uma peça de âmbar é perfurada, e insetos ou pequenos animais são introduzidos nela; em seguida, o buraco é tapado com uma resina da mesma cor.

Além disso, usam-se plásticos, como celulóide, ou então vidro para imitar o âmbar. Não é muito difícil, no entanto, fazer a distinção entre o âmbar genuíno e as falsificações. Quando se esfregam as imitações com um pano, elas se eletrificam muito mais fracamente do que o âmbar verdadeiro. Além disso, o celulóide fica cheirando a cânfora, material utilizado na sua fabricação. Também aparece esse cheiro quando o celulóide é colocado em água quente ou então queimado. Outros tipos de plástico, quando queimados, produzem um cheiro desagradável de ácido fênico e não se forma fumaça. O âmbar aquecido, ao contrário, produz uma fumaça esbranquiçada e tem um odor adocicado de resina e de madeira de pinheiro.

Outro teste simples para se distinguir o âmbar de suas imitações é mergulhar a peça em água do mar ou em uma solução saturada de sal de cozinha. O âmbar genuíno flutua; as imitações afundam, mais rapidamente ainda quando são de vidro.

Se você se interessa pelo âmbar...

Há inúmeros sites na Internet dedicados ao âmbar. Na realidade, esse artigo foi compilado a partir de informações obtidas de vários desses sites. Basta você colocar a palavra “amber”  num dos instrumentos de busca, como o Yahoo, o Lycos, o Excite etc., para descobrir uma grande quantidade de homepages que, direta ou indiretamente, falam do âmbar.

Gostaríamos, porém, de dar uma sugestão mais específica. Visite, no endereço da Internet que forneçemos abaixo, algumas fotos de peças de âmbar, que fizeram parte de uma exposição no  American Museum of Natural History, em Nova York.  Ao clicar sobre a pequena foto de cada peça, aparecerá uma foto maior mostrando o organismo aprisionado no interior da resina. O endereço é:

http://www.amnh.org/exhibitions/amber/

http://www.editorasaraiva.com.br/eddid/Ciencias/biblioteca/artigos/ambar.html

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PRINCIPAIS ÓLEOS ESSENCIAIS

Óleos Essenciais

Os Óleos Essenciais – são substâncias orgânicas, puras, voláteis e extremamente potentes. São considerados a "alma" de uma planta e são os principais componentes bioquímicos de ação terapêutica das plantas aromáticas e medicinais. A título ilustrativo, uma gota de Óleo Essencial em geral corresponde a 20 ou 30 xícaras de chá daquela erva/planta aromática.

Presentes em várias partes das plantas (folhas, flores, madeiras, ramos, galhos, frutos, rizomas), são compostos formados por várias de substâncias químicas - como álcoois, aldeídos, ésteres, fenóis, hidrocarbonetos, etc -havendo sempre a prevalência de uma ou duas delas, que assim irão caracterizar os aromas. São obtidos pelos processos de destilação a vapor, extração por solvente ou por pressão.

Nem todos os Óleos Essenciais possuem aroma agradável ao olfato, apesar das suas propriedades terapêuticas. Portanto, costuma-se utilizar a técnica da Sinergia - que consiste em misturar até no máximo 4 Óleos Essenciais - para obter-se um aroma diferenciado e pessoal, mantendo ou até potencializando a ação terapêutica desejada.

A utilização de Óleos Essenciais não deve ultrapassar 2% do total. Ou seja, para cada 100 ml de veículo (álcool, óleo vegetal, bases neutras, água) devemos aplicar apenas 2 ml de Óleo Essencial (em torno de 40 a 50 gotas, dependendo da viscosidade do Óleo Essencial).

 

Almíscar: Determinação, segurança e autoconfiança são os principais predicados deste aroma, que também é um ótimo estimulante. É eficaz como afrodisíaco, atraindo o sexo oposto.
 
Anis: Com perfume fresco e adocicado, é indicado nos casos de cãibras, problemas digestivos e tosses espasmódicas. É relativamente tóxico e, por isso, deve ser usado em pequenas quantidades, durante períodos curtos e sempre com orientação de um profissional.

Arruda: Contra o mau-olhado e as energias negativas, indicado para pessoas que se sentem derrotadas no físico e na mente.
 
Bergamota: Dotado de um agradável perfume de frutas, este óleo essencial é um ingrediente clássico das águas-de-colônia. Usado em banhos e massagens, é revigorante e refrescante.
 
Cajepute: Tem cheiro forte de cânfora e é usado basicamente em inalações de vapor, contra afecções respiratórias como gripe, tosse, sinusite e dor de garganta.
 
Calêndula (tagetes): Destilado de um tipo de calêndula que cresce apenas no norte da Índia e sul da África. O óleo tem um cheiro suave de ervas e uma coloração viva, servindo para tratar problemas nos pés, como calos, peles grossas e verrugas.
 
Camomila: Existem dois tipos de óleo de camomila: azul e romana. A camomila azul, a "verdadeira", é destilada da erva medicinal Matricaria chamomilla. Ela possui propriedades antiinflamatórias e é usada no tratamento de dores estomacais, menstruais, inflamação ou irritação na pele e insônia. A camomila-romana é destilada da planta Anthemis nobilis. Possui propriedades semelhantes às da camomila azul, mas, pelos efeitos mais brandos, é indicada para crianças ou para pessoas com pele sensível. Usada também como calmante e para despertar a virtude da paciência.
 
Campestre: Tônico para trazer sorte e ganhos financeiros, aumentando a disposição para o trabalho.

Canela: Óleo de aroma forte, doce e temperado, atua no crescimento pessoal, contra a hipersensibilidade e os acessos de raiva e proporciona sucesso nos negócios, pois atrai sorte e determinação para resolver problemas. Útil para tonificar os sistemas respiratório, circulatório e digestivo, bom para massagem corporal e peles secas.
 
Cânfora: Contra o pensamento negativo, concede maior liberação de energia e ajuda a resolver casos amorosos abalados.
 
Capim-limão: Obtido pela destilação de dois tipos de gramíneas naturais da Índia, do oeste da África e da Indonésia, é um ótimo repelente contra insetos. É um poderoso bactericida, usado no tratamento de problemas de pele, poros dilatados e acne.
 
Cardamomo: Com um cheiro quente e temperado, é usado há mais de 3 mil anos pela medicina oriental. Ajuda a digestão, combate a náusea, a flatulência e a diarréia.
 
Cedro: Com um perfume suave de madeira e bálsamo, a essência de cedro é muito usada em misturas de óleos para massagens. Proporciona sentimentos de sucesso e honradez e alivia as tensões nervosas. Pode ser usada no tratamento de peles e cabelos oleosos e caspa e é também indicada contra resfriados e como expectorante.

Cravo-da-índia: Possui fortes efeitos estimulantes e propriedades analgésicas. Dá vigor físico, prosperidade e coragem, além de proporcionar um bom relacionamento social.
 
Erva-doce: Possui um suave aroma de anis, fresco e adocicado. Tem ação calmante, é bom para a pele, contra dores no corpo e possui efeito diurético brando, sendo também indicado no tratamento de flatulência e indigestão.
 
Eucalipto : Ajuda a reequilibrar o lado emocional e as energias do corpo, agindo contra a angústia. O óleo emana um aroma semelhante à cânfora, sendo muito útil para inalações, a fim de aliviar os sintomas da gripe, da sinusite e de tosses com muco.
 
Floral: Revigora o entusiasmo e o poder de realizações, combatendo a inquietação e as mágoas.
 
Flor-do-campo: Aroma que desperta diretamente a parte do intelecto, revigorando a memória e a autoconfiança.
 
Gerânio: Estimulante do corpo e da mente, atrai sorte e aumenta a coragem e a audácia. Calmante e refrescante, é indicado no tratamento de ansiedade e estresse e tem efeito regulador na produção natural de óleos da pele, podendo ser utilizado por pessoas com pele seca, oleosa ou acnéica.
 
Hamamélis: Indicado para meditação, atuando no desenvolvimento interior e na compreensão. Afasta as aflições da alma.
 
Hortelã: Refrescante e relaxante, libera energias retidas por inibição, provoca alegria e desprendimento. Tem propriedade descongestionante, estimulante e refrescante, sendo usado no tratamento de enxaqueca e diversos problemas digestivos, como indigestão e gases.





 
Ilangue-ilangue: Tem cheiro forte de flores exóticas e efeito relaxante sobre o sistema nervoso. Usado tradicionalmente no tratamento de hipertensão (pressão alta).
 
Jasmim: Equilibra as diferenças do casal, sendo um afrodisíaco que estimula o chacra sexual. Desperta o humor e as energias  adormecidas, é antidepressivo, desfaz a inibição, a falta de confiança e solta a imaginação.

Madeira do Oriente: Aroma sedutor, atrai energias positivas, proporciona força e vitalidade, ajuda na concentração do trabalho e estudos.
 
Mirra: Um dos aromas mais antigos de que se tem notícia, foi ofertado para o Menino Jesus pelos reis magos. Usado para massagens, tem ação sedativa e age sutilmente no inconsciente. Indicado ainda como cicatrizante, expectorante e tônico.
 
Opium: Difusor de afetividade, aumenta a concentração e facilita a meditação.

Pinho: Purificador, alivia no descanso do corpo, agindo principalmente nos músculos. Tem perfume suave e refrescante de madeira, sendo eficaz no tratamento de problemas respiratórios, como gripes, resfriados, asma e bronquite. Usado ainda contra problemas circulatórios, varizes e para tratamentos estéticos
corporais e drenagem linfática.

Rosa: Associado ao amor, desperta sentimentos fraternais, combate a sensação de solidão, angústia e insegurança. Usado como antidepressivo, tônico, depurativo, afrodisíaco, para o tratamento de peles secas e envelhecidas e para massagem corporal. Calmante e refrescante, é excelente para combater o estresse e os sintomas de TPM (Tensão Pré-Menstrual).
 
Sândalo: Purificador do corpo e da alma, proporciona a inspiração da mente e da emoção, combatendo a depressão. Tem propriedade bactericida e afrodisíaca. Com um aroma suave, é usado também em
massagens para pele seca e no tratamento de cistite.
 
 
Tomilho: Destilado principalmente na Espanha e em Israel, é estimulante e pode ser usado para aliviar dores musculares. É empregado ainda como antibacteriano e para tonificar o sistema imunológico, aumentando a resistência do organismo, sendo excelente para tratar de infecções da pele, do aparelho respiratório e das vias urinárias.