quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A invenção do microscópio

Invenção do Microscópio

A invenção do microscópio é atribuída aos holandeses Hans Janssen e Zacharias Janssen, fabricantes de óculos que viveram no final do século XVI. Com as suas observações eles descobriram que duas lentes montadas apropriadamente em um tubo, tenham capacidade de ampliar as imagens, permitindo a observação de objetos pequenos, invisíveis a olho nu. Contudo, não há registro de que os Janssen tenham utilizado este aparelho com finalidades científicas.

A Evolução no estudo das células


1 - Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723), pesquisador holandês.

O primeiro pesquisador a registrar suas observações foi o holandês Antonie van Leeuwenhoek1 (1632-1723). Usando microscópios de sua própria construção, dotados de lente única2 (microscópio simples), observou e relatou as formas e o comportamento dos microorganismos, sendo por isso considerado o pai da Microbiologia.


2 - Microscópios construídos por Leeuwenhoek, dotados de lente única – microscópio simples.

Leeuwenhoek escreveu várias cartas a Royal Society de Londres, à qual pertenciam cientistas como Boyle, Newton e Hooke, descrevendo seus resultados. Suas detalhadas cartas, em holandês, eram traduzidas para o inglês ou para o latim, e depois publicadas pela própria sociedade. São de sua autoria as primeiras descrições de protozoários, bactérias, e de espermatozóides – chamados por ele de “homináculos”. Graças a sua mente inteligente, curiosa e livre de preconceitos, acabou sendo admitido como sócio da Royal Society de Londres, embora, durante toda a sua vida, nunca houvesse assistido a uma única sessão.

O sucesso de Leeuwenhoek se deve em parte por ter utilizado um microscópio simples em lugar de um composto, pois devido a qualidade das lentes encontradas na época, ele evitou sofrer um efeito ótico conhecido como aberração cromática, que reduzia em muito o poder de ampliação da imagem nos microscópios.

A descoberta da célula, no entanto é creditada ao inglês Robert Hooke3 (1635 – 1703). Entre as diversas observações que realizou, Hooke estudou finíssimas fatias de cortiça, tentando entender as propriedades de leveza e compressibilidade desse material.


3 – Microscópio composto utilizado por Robert Hooke (1635 – 1703).
Em detalhe no circulo estão os desenho de cortiça vista ao microscópio ótico.

Ao observar a cortiça com o seu microscópio composto, Hooke constatou a sua estrutura porosa assemelhando-se a favos de mel, usando então o termo cella (do latim cellula diminutivo de cella, pequeno compartimento) para designar cada uma das cavidades existentes na cortiça.

As observações de Hooke foram confirmadas por outros microscopistas da época, dentre os quais se destacou o botânico inglês Nehemiah Grew (1641 – 1712), que fez importantes trabalhos sobre a estrutura microscópica das plantas, comprovando a sua constituição celular.

Com relação á ciência biológica, Hooke foi um microscopiata de grandes méritos. Usava, e suas observações, um dos melhores microscópios compostos da época e publicou os seus resultados no livro Micrographia4, de 1665. Com belos desenhos de micro estruturas diversas, como esponjas, insetos, briozoários e até penas de aves.


4- Micrographia, 1665, livro no qual Hooke publicou os seus resultados.

Os trabalhos desses primeiros citologistas permaneceram muito tempo como simples observações isoladas. Somente 150 anos mais tarde, quando a biologia já estava mais desenvolvida, é que se chegou a conclusão de que as células são as unidades que constituem praticamente todos os seres vivos.

Teoria Celular

Os inúmeros estudos microscópicos realizados após a descoberta das células permitiram que no final da década de 1830, dois cientistas alemães, Mathias Schleiden e Theodor Schwann, formulassem a Teoria Celular.

Em outubro de 1838, os dois cientistas se reuniram e discutiram suas idéias a respeito da organização dos seres vivos. Schleiden tinha a idéia que todas as plantas eram composta por células, Schwann tinha a mesma opinião a respeito dos animais.

As idéias básicas deste novo pensamento foram então resumidas a seguinte forma: “As partes elementares dos tecidos são as células, semelhantes no geral, mas diferentes na forma e função. Pode ser considerado certo que a célula é a mola-mestra universal do desenvolvimento e está presente em cada tipo de organismo. A essência da vida é a formação da célula”5.



5 - Vários tipos celulares, semelhantes no geral, mas diferentes na forma e função.

Tipos de Microscópios

Com o avanço nas técnicas de microscopia, o mundo microscópico começou a ser desvendado. A utilização da luz como única fonte de energia luminosa para as observações já se tornou ultrapassada, com o advento da microscopia eletrônica o estudo detalhado das estruturas celulares. A ampliação dos microscópios eletrônicos supera 100000 vezes o objeto e isso só é possível devido à utilização de um feixe de elétrons acelerado para iluminar o objeto ao invés de um feixe de luz.

Para medir as células e suas pequenas estruturas internas é necessário empregar unidades de medidas especiais, menores do que as que usamos no mundo macroscópico. A unidade mais utilizada no mundo é o metro. Sua comodidade resulta do fato de ser próxima do tamanho de objetos com os quais lidamos cotidianamente. Entretanto temos grandezas maiores ou menores, o primeiro múltiplo é o quilometro (103m) e a primeira subdivisão é o milímetro (103m). Algumas subdivisões também muito empregadas são o centímetro (10-2m) e o angstrom (Å=10-10m).

Milímetro -> 10-3m (mm)
Micrometro -> 10-6m(mm)
Nanômetro -> 10-9m (nm)
Angstrom -> 10-10m (Å)
Picometro -> 10-12m (pm)

Fonte: http://ctc.fmrp.usp.br

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A religião dos Celtas

Religião
 

Os celtas exaltavam as forças telúricas expressas nos ritos propiciatórios. A natureza era a expressão máxima da Deusa Mãe. A divindade máxima era feminina, a Deusa Mãe, cuja manifestação era a propria natureza e por isso a sociedade celta embora não fosse matriarcal mesmo assim a mulher era soberana no domínio das forças da natureza.[77][78] A religião celta era politeísta com características animistas, sendo os ritos quase sempre realizados ao ar livre. Suspeita-se que algumas das suas cerimônias envolviam sacrifícios humanos. O calendário anual possuía várias festas místicas, como o Imbolc e o Belthane, assim como celebrações dos equinócios e solstícios.

Embora se saiba que os celtas adoravam um grande número de divindades, do seu culto hoje pouco se conhece para além de alguns dos nomes. Tendo um fundo animista, a religião celta venerava múltiplas divindades associadas a atividades, fenômenos da natureza e coisas. Entre as divindades contavam-se Tailtiu e Macha, as deusas da natureza, e Epona, a deusa dos cavalos. Entre as divindades masculinas incluíam-se deuses como Goibiniu, o fabricante de cerveja, e Tan Hill, a divindade do fogo. O escritor romano Lucano faz menções a vários deuses celtas, como Taranis, Teutates e Esus, que, curiosamente, não parecem ter sido amplamente adorados ou relevantes.

Algumas divindades eram variantes de outras, refletindo a estrutura tribal e clânica dos povos celtas. A esta complexidade veio juntar-se a plêiade de divindades romanas, criando novas formas e designações. É nesse contexto que a deusa galo-romana dos cavalos, Epona, parece ser uma variante da deusa Rhiannon, adorada em Gales, ou ainda Macha, que era adorada na região do Ulster.

As crenças religiosa dos celtas também originaram muitos dos mitos europeus. Entre os mais conhecidos está o mito de Cernunnos, também chamado de Slough Feg ou Cornífero na forma latinizada, comprovadamente um dos mitos mais antigos da Europa ocidental, mas do qual pouco se conhece.

Com a assimilação no Roma, os deuses celtas perderam as suas características originais e passaram a ser identificados com as correspondentes divindades romanas. Posteriormente, com a ascensão do Cristianismo, a Velha Religião foi sendo gradualmente abandonada, sem nunca ter sido totalmente extinta, estando ainda hoje presente em muitos dos cultos de santos e nas crenças populares assimilados no cristianismo.

Com a crescente secularização da sociedade europeia, surgiram movimentos neo-pagãos pouco expressivos, que buscam a adaptação aos novos tempos das crenças do paganismo antigo, sendo alguns dos principais representantes a wicca e os neo-druidas, que embora contenham alguns elementos celtas, não são célticos, nem representam a cultura do povo celta.

A wicca tem sua origem na obra de ocultistas do século XX, como Gerald Brousseau Gardner e Alesteir Crowley. Já o neo-druidismo não tem uma fonte única, sendo uma tentativa de reconstruir o druidismo da Antiguidade, tendo sua estruturação sido iniciada em sociedades secretas da Grã-Bretanha a partir do século XVIII.

Mitologia

 

Consideram-se três as fontes principais sobre a mitologia celta, os autores greco-romanos, a arqueologia, e os documentos britânicos e irlandeses.

São riquíssimas as narrativas mitológicas celtas, principalmente as transmitidas oralmente em forma de poema, como "O Roubo de Gado em Cooley". Nesta, o herói irlandês Cú Chulainn enfrenta as forças da rainha Maeve para defender o seu condado. Outra narrativa, do Livro das Invasões (Lebor Gabala Erren), conta a lenda dos filhos de Míle Espáine e o seu trajecto até chegarem à Irlanda.

Outros legados dos celtas são as histórias do Ciclo do Rei Artur da Inglaterra e relatos míticos dos quais se originaram os contos de fadas, como, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho (onde a menina representa o Sol devorado pela noite do inverno, ou seja, o lobo).[79]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Celtas

 

 

 

O sonho dos ratos

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010